My dear wife - Satzu

Cão de guarda

Minatozaki Sana

Acordei um pouco antes do despertador, olhei para o meu lado, estava vazio, mas com marcas de que Tzuyu esteve ali na noite passada, me fazendo virar de barriga pra cima, fitando o teto continuadamente, lembrando da breve conversa que tivemos, achando fofo o seu jeito de contar coisas banais da sua vida, coisas simples, coisas que fazia ser ela mesma, como a sua fobia de borboletas, a sua falta de infância em não saber andar de bicicleta, e até mesmo a sua comida favorita. Pancakes. Isso me fez ficar bem, e a sua voz foi me levando ao meu sono atual, tão pesado, que mau tive tempo de associá-lo. 

Lavei o meu rosto e logo sai para fazer a mamadeira matinal de Agnes, mas fui pega de surpresa pela a cena que tive no entanto. Me encostei na parede com um sorriso besta em meus lábios, encontrando Tzuyu e Agnes no sofá da sala, ambas, adormecidas. Agnes estava deitada sobre o seu corpo, o usando como o seu mais novo colchão, conforme Tzuyu usava uma pequena almofada para apoiar a sua cabeça, ainda com as mãos descansadas sobre os fios da menina, fitei a mamadeira vazia, no braço do sofá, me dando a hipótese em Agnes ter acordado no meio da madrugada, fazendo que Tzuyu tentasse ajudá-la com algo, e aparentemente, a ajudou. Foi uma imagem deveras fofa e curiosa, em ver o seu cuidado, em uma pessoa na qual eu jurei detestar qualquer aproximação juvenil, e óbvio, Agnes já adorava Tzuyu, era claro e nítido, e... lindo. 

Continuei ali até perceber que a mulher acordava, não percebendo a minha presença, tomando cuidado com Agnes conforme se levantava, colocando a mão sobre a sua cabeça cuidadosamente enquanto transferia a menina para o sofá, a deitando aonde antes era o seu lugar de origem. Ela se espreguiçou, murmurando de dor, colocando a sua mão sobre suas costelas, isso me fez rir, chamando a sua atenção no mesmo segundo, Tzuyu rapidamente aparentou estar sem jeito, um pouco tímida. 

- Bom dia - saudei, caminhando até a cozinha após pegar a mamadeira de Agnes - O sofá aparentemente não é confortável - brinquei, ouvi Tzuyu rir.

- Não ele não é, mas aparente, eu sou um colchão bem macio, ela capotou. 

- Te deu muito trabalho de madrugada? Poderia ter me chamado, você não tem a obrigação de cuidar dela.

- Eu sei, você estava cansada, o seu dia havia sido cheio. Tentei o meu melhor, não sabia que fazer uma mamadeira poderia ser tão complicado.

- Já já pode trocar as fraldas também.

- Se me der instruções assim como a lata de leite em pó me deu, não vejo problema - soltei outra baixa risada, me virando pra ela, que se espreguiçava novamente - Vou tomar um banho, vou te levar ao trabalho hoje.

- Algum motivo?

- Você irá entender. 

Confesso que senti o meu corpo um pouco tenso com tal fala, mas ainda eram seis da manhã, não poderia basear o meu dia em sua resposta única. Acordei Agnes com um pouco de dificuldade, ela estava em um sono bom, muito bom, mas assim que lhe entreguei a sua mamadeira, o seu choramingo passou, isso me deu a oportunidade de trocar a sua fralda e vesti-la parcialmente. Tomei um rápido banho, e quando menos esperei, Tzuyu já se encontrava na sala, com a chave do carro em suas mãos, rindo com as graças que Agnes fazia para chamar a sua atenção, tal aproximação, seria difícil para o meu costume, mas ainda sim, lindo aos meus olhos. 

Deixamos a menina em sua creche e logo ela dirigiu em direção ao bar, o que não demorou muito. Na porta do estabelecimento, havia um alto homem, careca e portando óculos escuros, pele morena, e um porte extremamente musculoso, usando um terno preto, me parecendo ser um segurança, meu cenho franziu, eu não sabia que o senhor Park havia contratado um, e também não tinha certeza que daria algum resultado, mas engoli as minhas questões, saindo do carro, ficando surpresa quando Tzuyu desceu também, e mais sem reação ainda quando o seu braço passou por minha cintura, em alegação de posse, me deixando momentaneamente mole.