- Bem vinda de volta, meu amor - sussurrei em seu ouvido assim que estacionei em frente a nossa casa, Sana observou, me olhou e deu um sorriso, eu a acompanhei, feliz demais para conseguir explicar, beijando a sua testa e logo saindo, pegando a sua cadeira de rodas no porta malas, auxiliando logo em seguida - Nós adaptamos o quarto do primeiro andar pra você, ele é espaçoso e será ótimo para a sua recuperação. Também mandei instalar barras de ferro sobre a parede do banheiro, elas ficaram ótimas!
- Você... não precisava ter feito isso - ela disse, a sua voz ainda era baixa, mas mesmo assim eu me abaixei ao seu lado, segurando as suas mãos, Sana não olhou em meus olhos, e eu a questionaria sobre isso. Ter os seus olhos diretamente nos meus desde que voltou era um pouco mais difícil do que um dia já foi.
- É claro que eu precisava - afirmei, sem espaço para discussões - Não só como precisava como é extremamente necessário. Agora chega de conversa, tem pessoas ansiosas para te ver novamente.
Empurrei a sua cadeira até a entrada, sorrindo quando abri a porta principal, encontrando meus pais, Jihyo, Momo e Bruce, com cartazes de boas vindas, balões e flores, e eu tive certeza que me emocionei ao ver Sana se emocionando, rindo contra os braços de Jihyo, a qual foi a primeira a recebê-la e a abraçá-la, um pouco complicado por conta das suas muletas, mas não deixando sua irmã tão longe assim do seu abraço caloroso. Dei espaço para que todos a abraçassem, um pouco nervosa quando minha mãe se aproximou também, acho que Sana também estava de qualquer forma.
- Por favor, nunca mais dê um susto desse na gente, Sana - minha mãe murmurou, a abraçando, de uma forma aliviada em ver que Sana estava conosco, me pegando de surpresa, igualmente a minha esposa.
- Eu estou bem, senhora Chou - respondeu, olhando pra mim - Cadê a Agnes?
- Estava na hora da soneca dela - Jihyo explicou - Tentei deixá-la acordada, mas bom, você conhece a sua filha, em pouco tempo ela se irritou. Tenho certeza que em breve ela-
- MAMÃE NIE!
O grito quase desesperado emergiu do topo da escada, pude observar Agnes se sentando e descendo degrau por degrau com o seu bumbum, método esse na qual eu ensinei e quando ela fazia, me arrancava risadas e coisas boas, mas naquele segundo, a única coisa que conseguira me arrancar eram lágrimas, deixando com que Sana empurrasse sua cadeira em direção a menina, a qual correu com as suas perninhas curtas e um pouco desleixadas, se jogando nos braços de Sana, a abraçando o tão forte quanto os seus braços permitiam, escondendo o seu rosto na curva do pescoço da mulher, ouvindo apenas tais soluços. Sana a abraçava como se a sua vida dependesse disso, e eu sei que dependia, chorando contra o pequeno ombro de Agnes, não a soltando por nada nesse mundo.
Eu me virei de costas quando percebi que também chorava tanto quanto Sana, secando minhas lágrimas, ou tentando, não melhorando muito quando minha mãe me abraçou, deixando com que eu me encolhesse em seus braços, não tinha tempo para pensar que aquilo era novo, estar nos braços da minha mãe era algo novo, apenas aproveitando os segundos de amparo vindo dela. Tentei deixar os meus soluços silenciosos, mas a cada suspiro que Sana dava e a cada segundo que Agnes choramingava em saudade, isso era impossível pra mim. Eram finalmente lágrimas de alívio, lágrimas de felicidade não mais lágrimas de medo, desespero. Ela finalmente estava em casa conosco e nada mais poderia tirá-la de perto de mim. Nunca mais.
- Eu senti tanta a sua falta, minha pequena... - ela disse, segurando o rosto de Agnes, o enchendo de beijo, sorrindo entre as lágrimas quando a menina riu, segurando as mãos da sua mãe, como se ainda não acreditasse - Eu estou aqui agora...
- Agnes, por que não mostra a mamãe Sannie o desenho que você fez? - Jihyo incentivou, Agnes rapidamente entendeu, descendo do colo de Sana, correndo até a sala, alcançando o seu desenho extremamente colorido, com todas as cores que ela mais gostava, em rabiscos que em sua visão, era uma linda obra de arte.
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My dear wife - Satzu
Fiksi Penggemar- Você quer se tornar a mais nova dona da empresa Yukon Chou, Chou Tzuyu? - Sim, eu quero. - Então se case. "Baseado em Purple Hearts"