Capítulo 05

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Meias verdades




― Querido Cracker, seu ladrãozinho! Vejo que ainda protege minha S/n! ― O cunhado da mulher ficou na sua frente, olhando para Katakuri que estava confuso.

Big Mom não estava no local, estava entretida comendo seu bolo sem notar a briga que acabava com o casamento que tinha feito.

― Vamos nos divertir muito, S/n! ― Ela olhou para Edgar com o ódio que tinha no seu coração.

― Katakuri, irmão, leva a cunhada daqui! ― O general não pensou duas vezes e pegou a mulher no colo a tirando do local, a levando para o seu domínio.

― O que foi isso tudo? ― Perguntou, assim que chegaram na casa de ambos, ele sentou-se no sofá da sala dando a oportunidade de sua esposa falar. Ele agora reparou que ela estava suja, com seu vestido rasgado, vários arranhões, seu cabelo desgrenhado.

Ela abriu o pequeno cristal do centro da mesa tirando um cigarro, usando seu poder um pequeno fogo azul saiu do seu dedo acendendo o mesmo. Ela deu uma tragada, soltando a fumaça ficando calma, há tempos seus medos não eram mais Edgar, era outra coisa...

Abriu seu vestido que deslizou sobre seu corpo, deixando Katakuri vermelho por ver as curvas, a perfeição que ela era, mesmo coberta de cicatrizes, quando ela virou de costa e mostrou a marca a fogo na sua pele, notou todas as marcas de chicotes, queimaduras que tinha espalhada.

― Edgar Nidhogg é um monstro... Eu o conheço desde dos meus oito anos de idade quando fui separada da minha irmã! ― Sentou-se olhando para frente, apertando suas mãos pensativa.

― Minha irmã conseguiu fugir, escondendo-se e eu... ― Sorriu com amargura. ― Provei o inferno... Por isso, prometi nunca mais ser pega por Nidhogg! ― Olhou pela primeira vez para o marido, que resolveu revelar seu rosto, tirando seu cachecol.

― Você era escrava dele? ― Perguntou, sério.

― Dele? Não, de dragões celestiais... Dele sempre fui sua posse, mesmo quando me vendeu! ― Sorriu em escárnio. ― Cracker me libertou, foi uma confusão! Devo minha vida a ele, não temos mais nada além de mútua gratidão!

― Ah! Ele quer uma parceria com Big Mom...

― Não, ele não quer isso, ele quer me pegar de volta! Aquela maldita Anfrite, deveria ter a matado!

― E por que você saiu do casamento? ― Franziu o cenho, ela não falou nada sobre o seu rosto.

― Oh... Usaram uma ilusão, achei que era Bruleé me chamando para a floresta era, na verdade, uma emboscada... Nossa, você é realmente lindo! ― Agora ela o encarava com um semblante chocado.

Ela sorriu vendo o general da doçura ficar sem graça com um leve rubor no seu rosto. S/n olhou para frente pensativa, ela tinha abaixado a guarda Edgar não ia parar até pegá-la novamente.

― Não vou deixá-lo pegar! ― Ele disse seriamente, com os braços cruzados. ― Você é agora da família, minha esposa!

― Família... Nunca tive isso! ― Sussurrou, Katakuri não escutou ele estava em seu mundo, com um olhar mortal, pensando em como matar Edgar e proteger sua esposa.

No silêncio cômodo, não havia o que falar, os dois estavam mergulhados com seus pensamentos quebrados em suas mentes tempestuosas. Katakuri suspirou, ele estava querendo muito saber mais sobre o que aquela mulher que dividiria a vida tinha a lhe falar.

― O que mais posso saber sobre sua ligação com o Edgar? ― Ela o olhou derrubando seu cigarro no chão.

― Ele me obrigou a comer uma Akuma no mi, essa zoan mística maldita! ― Falou com uma voz amargurada. ― Tentei me matar no jogando no mar, mais ele me salvou... hahaha! Eu... É muito difícil para mim, Katakuri.

Sentiu suas lágrimas escorrerem livremente pelo seu rosto, o homem em um extinto, a abraçou e ela deixou-se mostrar sua vulnerabilidade. O general não era frio, porém ele nunca soube como consolar alguém.

― ... ― Ele não disse nada, sua grande mão escorregou pelo cabelo macio que a mesma tinha, algo que ele comparou com algodão, ela segurou sua blusa, deixando suas lágrimas molharem o tecido.

S/n sentia, que pela primeira vez estava chorando de verdade. Ela agora entendia a liberdade que sua irmã tinha lhe falado. A mulher afastou-se e encarou o homem que também lhe fitou.

Havia o silêncio cômodo, e embebidos nas suas histórias, dores e perdas. Sentia que compartilhavam algo para tocarem o âmago da mudança em seus interiores.

Os sentimentos misturados, sobrepostos, confusos. Seus rostos se aproximaram e lentamente seus lábios se tocaram em um beijo suave, que gerou faíscas em ambos.

Katakuri afastou-se levando sua mão para frente do rosto, um pouco rubro.

― Perdão! ― S/n somente o olhou sem expressar nada, o viu sair para o seu quarto no andar de cima, ela apenas jogou-se no sofá tocando seus lábios, um vivido calor a rodeava.

― O que eu estou fazendo...? ― Passou a mão nos seus cabelos, pensativa. ― Preciso montar uma estratégia para derrotar Edgar e Anfrite.

O pirata entrou no seu quarto surpreso, sentou na sua cama dando conta de algo que não tinha dado a devida atenção. S/n mexia com seus sentimentos, eles se beijaram e mesmo que breve deixou rastros no seu corpo.

― Maldição... ! ― Aquele casamento começou o deixando com um belo desastre. Ouviu um barulho na janela do seu quarto, não usou seu poder sabia que era seu irmão mais novo Cracker que estava ali.

― O que aconteceu? ― O mais novo caminhou até o irmão, sentando na cama.

― Conseguimos expulsar ele daqui, a mama ainda não está sabendo de nada...

― Ela me contou o que você fez por ela! ― Katakuri, estava com seus braços apoiados nas pernas, pensativo sem olhar para nada, apenas pensando.

― S/n me prometeu...

― Foi culpa minha, achei que tinha alguma coisa entre vocês! ― Cracker gargalhou, batendo nas costas do irmão mais velho.

― Não, não... É só gratidão que ela tem por mim, mas irmão Edgar não vai parar até ter ela de volta, tem anos que a ajudei a escapar! ― Disse sério. ― Você não tem ideia do que aquele homem fez com ela!

― Cracker, me conta! ― O mais novo levantou, passando a mão nos cabelos.

― Quando a tirei da prisão, havia uma semana que ela não comia! E tem coisas que ela vai ter que te contar, pergunte sobre Lunar, só posso te falar isso! ― Falou andando de volta para a janela.

― Lunar? ― Katakuri ia perguntar, mas seu irmão desapareceu, o nome masculino era algum amor? O general deixou para lá, depois perguntaria.


***

Dentro do seu navio, Nidhogg Edgar jogou uma taça na parede com o mais fino vinho que tinha, a bebida não fazia efeito. Ele nunca descansaria em pôr suas mãos na mulher que "amava", Nico S/n.

― Maldita Big Mom, Katakuri... Vocês não vão me separar dela! Nunca jamais! ― Gargalhou, dando um tapa em uma empregada qualquer que caiu no chão, sem olhar para seu amo.

Agora casada com outro homem não a impediria de comprar brigar com a velha mulher, o problema era Charlotte Katakuri, ele sim era sua dor de cabeça. Ele tinha um haki de observação avançado, ainda tinha o sangue da maldita velha em suas veias.

― Anfrite... Você não me disse que tinha aquele imbecil nas mãos? ― Falou, quando a subordinada, ajoelhou-se diante de si chorando de pavor, Edgar era um monstro.

― Senhor-r eu-u a-chei...

― Acaba a boca, seu verme! Você irá para a sala vermelha... precisa aprender a fazer as coisas certo!

― SENHOR, POR FAVOR! ― Ela foi levada para o pior lugar que alguém, naquele navio, poderia ir. Em silêncio ela foi conduzida à força para dentro, ninguém jamais pararia aquele homem. Edgar gargalhou quando ouviu os gritos da sua subordinada, ele dançava na sua sala.

Puxou uma de suas empregadas para dentro do quarto que estava, ela era da altura exata de S/n.

― Hoje, seu nome é S/n, tire a roupa e me sirva! ― Ele estava preparando-se para tomar o que era seu de volta, sua S/n. 

A dor do coração! - Imagine KatakuriOnde histórias criam vida. Descubra agora