Capítulo 10

760 96 15
                                    





 ― Uma semana depois.





Ela cuspiu sangue, quando recebeu um soco na barriga. Edgar segurava seu rosto com força, enquanto prensava seu corpo contra a parede, seus olhos brilhavam com a maldade que cintilavam sobre suas órbitas.

O sorriso maldito como de um demônio, alimentava-se pelo desespero que pouco a pouco criava novamente a mulher que "amava". Com seu semblante tão sem esperança que adorava.

Certamente, ela nem sabia o que era realidade e ilusão, ele a soltou pegando no colo a deitando na cama, a prendendo na cama com algemas de pedra do mar que a deixava fraca, por ser uma usuária de akuma no mi.

A porta abriu-se e Lucy, estava trazendo uma bandeja de comida, colocando em cima do criado-mudo, olhando com ódio para a mulher sem expressão, na cama do senhor Edgar.

S/n parecia uma boneca, alguma coisa inanimada jogada na cama. Ele sentou-se na mesma, puxando um cigarro, para fumar, quando uma criatura pequena entrou no quarto fazendo o homem olhar para a criança.

― Posso ficar com a minha mãe agora? ― Lunar olhou para o pai, com medo. O vendo acender o isqueiro queimando a ponta do cigarro soltando a fumaça no ar. O mais velho somente encarava o menor.

― Você tem os olhos dela! ― Murmurou, chamando com os dedos a criança que se aproximava assustada. ― Alimente-a, fiquei com ela! ― Ele liberou a mulher a soltando da sua ilusão.

― Querida, agora de alimentar-se! ― S/n despertou-se do seu pesadelo, encolhendo-se na cama, olhando para seu algoz sem qualquer sentimento, o que deixou o homem furioso.

― Não sou sua querida, seu filho da puta... ― Ela deslizou seu olhar para o garotinho que a olhava admirado. A mulher parou olhando para o menino, tentou deslizar para perto mais sua perna doía.

― Lunar? É você meu filho? ― Ele aproximou-se deixando a mesma tocar no seu rosto, e viu a suposta mãe chorar de emoção, puxou para um abraço, vendo o garotinho aninha-se nos seus braços.

Edgar caminhou até a porta, sendo aguardado por Lucy que olhava para a cena, depois para o nobre que saiu, fechando a porta caminhando na frente da mesma, furioso.

― Senhor.... Por que mente para ela? Sabemos que tudo que aconteceu com ela não passa de uma... ― Ele a empurrou para a parede segurando seu rosto com força.

― Termina a frase, se você quiser morrer, vagabunda! ― Ele apertou com força, a jogando no chão. ― Cala a porra da boca! ― Disse.

― O senhor não precisa dela, ela não pode ter filhos... Eu posso, Edgar! ― O criminoso a olhou com ódio, tirando o cigarro da boca, andando até ela, apagando o mesmo na perna da mulher.

― E daí que ela não pode me dar um filho? Acha por que me deu, você é superior a ela? ― Apertou o rosto da mesma com força, a levantou empurrando para frente. ― Não tenho tempo para isso, vamos saber o que o grande Katakuri vai fazer!

Edgar, olhou mais uma vez para a porta onde a mulher estava com a criança, e caminhou com uma de suas empregadas, indo monitorar o general da doçura.

S/n, abriu a porta devagarinho, o vendo sumir pelo corredor, tinha conseguido roubar a chave das algemas, sem que o mesmo pudesse ver, o garotinho estava grudado na sua saia, um pouco assustado com tudo que estava acontecendo naquele lugar.

― Vamos... ― Quando não sentiu mais a presença de ninguém, ela pegou o menor no colo, saindo a passos silenciosos pelo navio. Ela não conhecia o lugar, colocou-o no chão caminhando por entre o corredor cheio de portas.

Ouviu passos de pessoas e escondeu-se em uma das salas.

― Escuta querido, não faça barulho! ― Falou para a criança, apoiou-se na porta ouvindo os passos no corredor.

― MALDITA S/N! ― Ouviu uma voz familiar reconhecendo ser de sua "amiga" Lucy.

― Lucy, por favor! Se acalma... O bebê! ― Outra voz soou, S/n arregalou os olhos.

― Não, não Anfrite... todo mundo sabe que S/n não pode ter filhos! Todo aquilo é uma mentira, tudo, tudo o maldito Ur inventou tudo junto com Edgar! ― Falou.

― Do que você está falando?

― S/n, ela nunca teve um filho, foram alucinógenos, sabe o bebê que ele matou? Era de uma outra mulher com ele! ― S/n ficou atordoada escondida atrás da porta, segurando suas lágrimas.

― É aquela marca de Cesária, o que ele falou? ― Antrite perguntou.

― Esqueceu-se que Ur é médico?

― Será que ele matou a Robin? ― S/n parou ao escutar o nome da irmã, esperou elas terminarem de conversar, ouviu as mesmas se afastar. Levou suas mãos à cabeça, chorando tudo que ela viveu era mentira, mas, não tinha tempo para isso.

Ela abriu a porta da sala, saindo de lá, pegou uma barra de ferro, ela precisava fugir, ela não ficaria mais naquele lugar, precisava fugir da mão do Edgar. Puxou o garoto com ela pra fora correndo para o convés.

― Parabéns, S/n! ― A voz seguida de palmas, a fez olhar para o homem à sua frente, rindo.

― Edgar.... EU SEI DE TUDO, VOCÊ MENTIU PARA MIM! ― Ele parou encarando a mulher.

― Do que está falando? ― Falou sombrio.

― Nunca tivemos um filho, nunca... fui traficada, não é?

― Ow! ― Gargalhou passando a mão nos cabelos. ― Não, não... peguem ela! ― Um grupo de piratas subordinados dele a cercaram, quando um baque forte balançou o navio, quando olhou para o lado um barco com uma bandeira, uma caveira e um chapéu de palha.

S/n sentiu algo no seu ombro, quando viu que estava voando para longe do navio de Edgar, indo para outro lugar. Caiu sentada em um convés com grama verde e macia.

De repente o navio voou no ar, deixando o seu algoz para trás. S/n olhou espantada, sem saber quem eram aquelas pessoas que a ajudaram a fugir de lá. Quando viu amarrado e espancado, Ur.

― Quem são vocês? ― A mulher perguntou.

― Você, não lembra da sua irmã mais velha?

― Robin? ― S/n ficou chocada, e no automático, correu para sua irmã mais velha lhe abraçando com força. ― Eu senti sua falta!

― Eu também, você está muito magra, venha precisamos conversar!

― Vamos então! ― As duas seguiram para a cozinha de Sunny, ela sentou-se em uma cadeira, e os demais membros da tripulação.

― Esse são meus companheiros, O capitão Luffy, Zoro espadachim, Nami a navegadora, Usopp atirador, Sanji o cozinheiro, Chopper o médico (Ele já estava tratando os ferimentos da mesma), Franky o mecanico, Brook músico e Jinbei timonerio! ― Sorriu gentilmente.

― Obrigada por cuidarem dela! ― S/n falou. ― Como me achou?

― Parece que esse Ur, veio para me matar... Bom, não conseguiu. Lembra do Den Den mushi bebê?

― Sim, perfeitamente.

― Katakuri, ligou e falou o que aconteceu, os meninos conseguiram tirar as informações dele e viemos te buscar... Tem mais uma coisa! ― Robin tirou um pequeno frasco do bolso, entregando para a mais nova.

― O que é isso?

― Isso é o antidoto, da droga que Ur e Edgar te aplicou, agora você pode saber... Que tudo que você viu ou viveu era uma mentira, eles te usaram! ― S/n bebeu, suas lembranças foram alteradas, e ela descobriu a verdade, começando a chorar.

― Aonde vamos?

― Iriemos te levar para o Katakuri... O que você vai fazer depois?

― Ainda não sei!

A dor do coração! - Imagine KatakuriOnde histórias criam vida. Descubra agora