Capítulo 19

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O gigante olhava para o mar, tinha se lembrado de tudo e mais que depressa, ligou para sua família falando onde estava, ele sentia-se um idiota por quase esquecer da mulher que amava. S/n não era o tipo de mulher que se enfurecia com facilidade, apesar que ele a deixaria espancar se aquilo a fizesse se sentir bem.

Quando o navio chegou, estava caminhando na sua direção. Ouviu seu nome ser chamado, parando no começo da rampa, viu a mulher que lhe ajudou vir até ele como seu rosto vermelho, seus cabelos bagunçados. Ela parou para pegar ar, e se levantou olhando para o pirata.

― Aonde vai? ― Ela parecia nervosa, não queria que o homem fosse embora, ela gostava dele, olhou para o navio gigantesco que parecia um bolo.

― Para minha casa, Hinata, lembrei de tudo! Minha esposa e filho me espera... ― A mulher sentiu como se estivesse levando um soco no estômago, não, não ela também podia ser uma maravilhosa esposa para ele.

― Você não precisa ir, eu-u eu gosto de você... Por que não fica? ― Katakuri franziu o cenho, subindo a rampa, sem olhar para a mulher, não tinha paciência para argumentar uma verdade que já tinha dito.

Cracker olhava para o mais velho, arqueando a sobrancelha, seu irmão sempre tinha a tendência de chamar a atenção das mulheres. O mais novo cumprimentou o mais velho, já estava desistindo de vasculhar aquelas águas, quando recebeu o telefonema do mais velho.

― Achei que nunca mais ia te encontrar, como diabos veio parar nesse fim de mundo? ― O Charlotte mais velho não entendeu nada, apenas suspirou, recebendo do mais novo um cachecol para cobrir seu rosto, ele o fez mais era a última coisa que estava pensando.

― Como está S/n? ― Ele estava ansioso, numa mistura de ansiedade e nervosismo. Sentia que estava voltando da guerra com espólios de vitória, voltando para a casa depois de ganhar a batalha.

― Hum... Ela te espera sempre no cais! ― Falou, e o pirata ficou sério. Ele se perguntava se ela estava se cuidando, se seu filho estava bem e saudável. Agora em seu âmago, sentiu-se culpado por deixar a mulher que jurou proteger, preocupada.

Bateu seus dedos no batente do navio olhando a ilha ficar para trás como uma lembrança ilusória. Cruzou seus braços sentando-se quando olhou para o mais novo que lhe trouxe alguma coisa para comer.

― Você parece magro, S/n está bem... ― Falou lhe entregando uma caixa cheia de donuts. Ele não queria falar muito da mulher para não deixar o homem em uma pilha de nervos. Cracker, apenas afastou-se deixando seu irmão comer sozinho.

O navio demorou um dia todo para chegar no domínio da big mom, Katakuri acabou dormindo encostando no convés com os seus braços cruzados, Cracker cutucou o irmão que abriu os olhos, encarando o tempo escuro.

― Chegamos... ― Cracker riu, o pirata pulou do navio, indo até o seu domínio, não queria conversar com ninguém até encontrar S/n. Ele passou por todos sem falar.

Quando seus pés pisaram no seu domínio, seus olhos caíram em uma s/n que ria conversando com sua barriga já evidente. Parecia que tinha se separado por anos, ela estava como sempre linda, perfeita e maravilhosa. Não tinha nomes para dizer.

Ele caminhou, entrando com tudo na casa, a grávida pulou um pouco surpresa. Ela arregalou seus olhos e caminhou até o homem, tocando-o, que se ajoelhou na sua frente a abraçando, ela sentiu o calor que ele emanava, afastou-se tocando seu rosto.

― Sabia que estava vivo, você tinha prometido voltar! ― Ele riu, passando seu polegar no rosto feminino.

― Eu voltei, desculpa a demora! ― Ela negou com a cabeça tirando seu cachecol, o beijando ele retribuiu, ela o abraçou chorando o fazendo pegar no colo. ― Como nosso bebê está?

― Ah! Sobre isso precisamos conversar! ― O pirata engoliu em seco a levando para o quarto, a colocou na cama, e ele sentou-se tocando na forma redonda da mulher, achando um pouco grande.

― Ele está bem? ― Suspirou.

― Katakuri, são três! ― O Pirata encarou a mulher, passando a mão no rosto. Ele sabia que ela era forte, que tinha vencido tudo e estava ali magnífica como uma verdadeira imperatriz.

― Desculpa! ― A mais nova riu, então acabou tossindo o deixando assustando, ele pegou um copo de água lhe entregando. ― Você deve ficar de repouso não?

― Sim! O médico me proibiu de fazer um monte de coisa... ― Katakuri, aproximou-se da barriga olhando com cuidado.

― Aqui é o papai... ― Katakuri, ficou emocionado por falar isso, sentindo suas bochechas arderem. E depois olhou para a mulher que estava sorrindo um tanto sonolenta. ― Mamãe vai dormir agora!

A pirata acabou dormindo, Katakuri ficou a noite toda conversando com a barriga da mulher. Ele estava mais que ansioso, tudo o que impedia que eles vivessem em paz foram eliminados.

Ele sentou-se acomodando a mulher no seu colo, quando um soldadinho, veio até o seu quarto lhe chamando. O pirata a contragosto, saiu indo até a sala encontrando sua irmã Brulée, que o abraçou chorosa.

― Você está bem? ― Disse e ele concordou. ― Irmão, vamos conversar um pouco?

― Sim, sobre o que? ― A irmã suspirou, sentando-se.

― Edgar, Edgar tentou matar S/n... ― O pirata sentiu seu corpo gelar com a ideia de estar longe deixando aquele monstro atacar sua amada.

― O que aconteceu? Passei um mês sem lembrar de nada...

― Ela matou Edgar, mas, ao que parece, sua fruta protegeu os bebês!

― S/n! ― Disse olhando para cima, aquela mulher sempre o surpreendia. ― Me diga tudo o que aconteceu! ― Ela iniciou o monólogo, Katakuri ouvia tudo atentamente como se suas palavras fossem um encantamento.

O pirata absorveu tudo, no cálido silêncio que se instalou no seu interior. Ele sabia, sempre soube que S/n não precisava de proteção, mas, ouvir como ela matou Edgar lhe dava até um certo orgulho, ela como uma mãe que era protegeu seus filhos sem medo, e algo dentro dele derreteu como mel.

― Ela é forte irmão, quando chegamos aqui, tinha muito sangue, achamos que ela tinha perdido os bebês, mas, o médico disse que estava tudo bem e a dor dela era de esforço! ― Ela suspirou. ― Ele disse que eles estavam saudáveis e gordinhos! Ela nunca foi frágil!

― Não, nunca foi! ― Sorriu, vendo sua irmã levantar-se sumindo dentro de um espelho. O pirata voltou para o quarto pegando uma muda de roupa e foi tomar um banho, observando S/n dormir tranquilamente na cama.

O banho foi rápido, quando retomou, viu a mulher acordar olhando para os lados, quando encontrou o pirata, sorriu, voltando a dormir. Katakuri se aproximou deixando um beijo na sua testa.

A dor do coração! - Imagine KatakuriOnde histórias criam vida. Descubra agora