Epilogo 02

223 26 0
                                    






 S/n acordou com seu corpo suando, sentou-se na cama olhando para o marido que dormia tranquilamente do outro lado. Deslizou suas pernas pelo colchão, calçando as pantufas fofas que tinha ganhado de presente de Katakuri. Passou a mão na testa, caminhando para fora do cômodo, olhando para dentro do quarto dos filhos para ter certeza de que estava tudo bem com eles. Ainda que tenha se passado muito tempo, tinha a sensação de que tudo era uma mentira, que Edgar criou com seu sadismo para a punir.

Parou na entrada da cozinha, ligando a luz. Pegou a chaleira para fazer um pouco de chá, pensando em sua mente caótica, que às vezes não sabia o que era real ou ficção. Tentava ignorar suas dúvidas, Katakuri sempre a acalmava quando tinha uma crise de pânico, agora não queria perturbar seu sono. Suspirou, massageando seu pescoço, quando sentiu alguém puxar a chaleira da sua mão, olhou para o homem que estava com seu semblante sério e preocupado.

— Por que não me acordou? É sua confusa de novo? — Perguntou, a fitando com aflição. Katakuri, odiava ver que mesmo morto. Edgar ainda os incomodava, mesmo que as crises que ela sentia vinham diminuindo gradualmente. Ela se afastou um pouco, apertando as mãos e virando seu rosto para os lados, checando tudo ao redor.

— É real? Você, nossos filhos? — Questionou, o vendo sorrir.

— É real, é real, querida! Tudo que você viveu é mentira, você nunca teve um filho com Edgar, — Pausou, a tocando.

— A cicatriz, é real? — Disse levantando a blusa mostrando a incisão.

— Ele fez para te machucar... querida, venha deitar-se. — Katakuri, fez carinho na sua cabeça docemente. Ele tinha aprendido a amar com S/n, cuidar dela quando precisava era o mínimo do mínimo já que ela também lhe deu uma família.

— Eu achei, que era mentira... — Sentia suas lágrimas caírem, o general parou secando as lágrimas dela. — Eu te amo!

— Eu te amo! Você quase não tem mais crises, estou feliz. — Ela sorriu. — Vamos descansar, minha querida, amanhã você prometeu às crianças um piquenique.

— Verdade! — Seus pensamentos ainda se confundiam com a verdade, com o momento que S/n vivia. Mas, toda vez que precisava sair da sua escuridão Katakuri, a puxava para a realidade, seu coração ainda batia forte toda vez que ele estava perto. — Mas, sem donuts.

Ele fechou a cara olhando para ela com os braços cruzados. — O que? Que injustiça... S/n, S/n... volta aqui! — Katakuri correu atrás da mulher, ele sorriu. Ela estava ali com sua mente de volta, tinha vezes que demorava dias para ela sair do seu inferno pessoal.

Ele gargalhou, quando a risada dela, encheu seus ouvidos.  

A dor do coração! - Imagine KatakuriOnde histórias criam vida. Descubra agora