|Capítulo 35|

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* lembrete da autora: esse capítulo não está ligado com o anterior, com isso, segue leitura tranquilos :)
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Boa leitura

[...]

Leah Pfeifer

Mordo os lábios e de nada me adiantam na minha falha tentativa de conter o largo sorriso que se formava em meu rosto, devida as palavras que carregavam nelas uma promessa, enchendo o meu coração de felicidade, amor e esperança. Oh, como eu amavam estar na presença deste soldado.

Sem ainda conseguir falar direito, eu anuo com a cabeça um sim e o abraço involuntariamente, por estar radiante. Eu desejava transmitir a ele os formigamentos que ele causava em mim, envolvê-lo com o meu amor. Rustan não tarda em me abraçar com seus braços fortes e me puxar ainda mais para si, afogando-me em seu cheiro e calor, um lugar que se tornou um dos meus melhores esconderijos.

Eu sinto o peito dele subir e descer lentamente, se ajustando ao meu compasso, sintonizando a melodia que ecoava dentro de nossos corações; aquele momento exclusivo estava perfeito e eu não mudaria nada, não acrescentaria sequer uma vírgula, pois esse presente que a vida me ofereceu era muito mais valioso do que as joias da Terra. Um simples ato de amor, uma troca: dar e receber, ambos sinceros e com toda a pureza do coração. Isso não tem preço e eu recebi após muitos anos de luta e tristeza.

Não percebo que estava chorando, até ele se afastar de meu corpo e puxar o meu queixo para cima com a mão, olhando profundamente em meus olhos e limpando as lágrimas que escorriam pelas minha bochechas. Fungo apertando os olhos, na tentativa de parar o choro; funciona.

- Ei, psiu - Rustan me chama informalmente, de um modo íntimo e convidativo a olhá-lo -, não chore mais. Uma moça tão linda não deveria derramar lágrimas.

- Isso soou tão brega, inclusive para o senhor - respondo passando a mão pelo meu rosto e sorrindo para ele.

- Mas a senhorita nunca reclamou de minhas investidas, inclusive das mais bregas - ele retruca erguendo a sobrancelha e abrindo aquele sorriso galanteador, provocando-me propositalmente, sabendo que eu iria rir e conseguindo facilmente esse meu ato. - Seu sorriso é tão lindo.

Os olhos dele se desviaram para a minha boca, observando atentamente as curvas de meus lábios, um sorriso que ele roubava de mim - mas eu não reclamava. Contudo, nessa brincadeira inocente, o meu coração dispara dentro de meu peito, bombardeando toda a minha estatura sobre aquele olhar, que me vigiava minuciosamente. Contenho os pensamentos de minha mente, que saíram desgovernados, um atropelando o outro sobre o nosso próximo movimento. Eu até parecia uma adolescente com fogo por baixo das saias, quando algum cavalheiro vinha elogiar e convidar para dançar nas festas, que os vizinhos organização aos finais de ano.

- Obrigada e o seu também não é nada mal - abro um sorriso ligeiro, sem conseguir desviar os meus olhos dos dele, presa naquela imensidão azul.

- Esse nem de longe foi um dos meus melhores sorrisos, mas infelizmente eu não posso fazê-lo, pois a senhorita não estará preparada. Assim que eu sorrir, eu não serei responsável pelas consequências de seu coração.

Abro a boca incrédula pelo seu comentário, não acreditando em sua ousadia para falar tal coisa! Isso me fazia recordar dos dias em que eu e ele estávamos no hospital e ele brincava assim para comigo, provocando-me propositalmente, com a intenção de ruborescer minhas bochechas, porque acha bonito de me ver envergonhada. Esse homem um dia ainda me enlouquecerá!

Amor a Toda ProvaOnde histórias criam vida. Descubra agora