* lembrete da autora: esse capítulo não está ligado com o anterior, com isso, segue leitura tranquilos :)
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Boa leitura[...]
Leah Pfeifer
Mordo os lábios e de nada me adiantam na minha falha tentativa de conter o largo sorriso que se formava em meu rosto, devida as palavras que carregavam nelas uma promessa, enchendo o meu coração de felicidade, amor e esperança. Oh, como eu amavam estar na presença deste soldado.
Sem ainda conseguir falar direito, eu anuo com a cabeça um sim e o abraço involuntariamente, por estar radiante. Eu desejava transmitir a ele os formigamentos que ele causava em mim, envolvê-lo com o meu amor. Rustan não tarda em me abraçar com seus braços fortes e me puxar ainda mais para si, afogando-me em seu cheiro e calor, um lugar que se tornou um dos meus melhores esconderijos.
Eu sinto o peito dele subir e descer lentamente, se ajustando ao meu compasso, sintonizando a melodia que ecoava dentro de nossos corações; aquele momento exclusivo estava perfeito e eu não mudaria nada, não acrescentaria sequer uma vírgula, pois esse presente que a vida me ofereceu era muito mais valioso do que as joias da Terra. Um simples ato de amor, uma troca: dar e receber, ambos sinceros e com toda a pureza do coração. Isso não tem preço e eu recebi após muitos anos de luta e tristeza.
Não percebo que estava chorando, até ele se afastar de meu corpo e puxar o meu queixo para cima com a mão, olhando profundamente em meus olhos e limpando as lágrimas que escorriam pelas minha bochechas. Fungo apertando os olhos, na tentativa de parar o choro; funciona.
- Ei, psiu - Rustan me chama informalmente, de um modo íntimo e convidativo a olhá-lo -, não chore mais. Uma moça tão linda não deveria derramar lágrimas.
- Isso soou tão brega, inclusive para o senhor - respondo passando a mão pelo meu rosto e sorrindo para ele.
- Mas a senhorita nunca reclamou de minhas investidas, inclusive das mais bregas - ele retruca erguendo a sobrancelha e abrindo aquele sorriso galanteador, provocando-me propositalmente, sabendo que eu iria rir e conseguindo facilmente esse meu ato. - Seu sorriso é tão lindo.
Os olhos dele se desviaram para a minha boca, observando atentamente as curvas de meus lábios, um sorriso que ele roubava de mim - mas eu não reclamava. Contudo, nessa brincadeira inocente, o meu coração dispara dentro de meu peito, bombardeando toda a minha estatura sobre aquele olhar, que me vigiava minuciosamente. Contenho os pensamentos de minha mente, que saíram desgovernados, um atropelando o outro sobre o nosso próximo movimento. Eu até parecia uma adolescente com fogo por baixo das saias, quando algum cavalheiro vinha elogiar e convidar para dançar nas festas, que os vizinhos organização aos finais de ano.
- Obrigada e o seu também não é nada mal - abro um sorriso ligeiro, sem conseguir desviar os meus olhos dos dele, presa naquela imensidão azul.
- Esse nem de longe foi um dos meus melhores sorrisos, mas infelizmente eu não posso fazê-lo, pois a senhorita não estará preparada. Assim que eu sorrir, eu não serei responsável pelas consequências de seu coração.
Abro a boca incrédula pelo seu comentário, não acreditando em sua ousadia para falar tal coisa! Isso me fazia recordar dos dias em que eu e ele estávamos no hospital e ele brincava assim para comigo, provocando-me propositalmente, com a intenção de ruborescer minhas bochechas, porque acha bonito de me ver envergonhada. Esse homem um dia ainda me enlouquecerá!
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Amor a Toda Prova
Ficción históricaNo final da segunda guerra mundial, Leah, uma alemã que vive com uma prima de seu falecido pai, sente em sua própria pele os horrores que uma guerra produz, sentindo a extrema necessidade pela sobrevivência, ainda mais com a notícia do avanço dos so...