The Vampire Queen | revisão/reescrita

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Há 600 anos atrás
— Palácio —

O conselho real foi assassinado pela rainha Madeline, apenas três homens foram deixados vivos. Um dos conselheiros havia traído o rei e como o traidor não se revelho, a vampira matou todos que não tinham a sua confiança. Para o povo, o conselho tinha sido morto pelos mesmos homens que assassinaram o rei.

Francis foi enterrado e a cerimônia comoveu todo o reino, as ruas estavam cheias de flores em homenagem ao falecido rei. Charles, como o conheceram, era a amado em seu reino, sempre se mostrou presente e acessível. Madeline honraria o seu legado, escolheria um bom governante que jamais apagaria a história de Francis. Tudo o que ele sempre quis foi a felicidade de seu povo, que prosperassem.

Não se esquecera das palavras do vampiro que a atacou. Richard sabia que ela e Henry estavam vivos, entendia o porquê de querê-la morta, mas Henry? Aquilo não fazia sentido, ele era filho de Richard e herdaria o reino só com a morte do monarca, então por que matá-lo? Tentava não se surpreender com a crueldade do ex-marido, mas não conseguia. Madeline não conseguia imaginar como contaria para Henry sobre seu verdadeiro pai, que efeito isso teria no garoto?

A rainha convocou uma reunião com os conselheiros que restavam, todos inocentes do crime de traição e leiais à mulher. Juntos escolheram novos conselheiros e abriram uma nova reunião, desta vez mais importante. Descobriu quem eram os outros candidatos ao trono, teria que decidir qual deles assumiria a coroa. Os conselheiros pensavam que ela queria aquelas informações apenas para assegurar o reino do filho. Madeline estava pronta para fazer o que fosse preciso para dar continuidade ao legado de Charles. Andava cruel, machucando quem provasse o mínimo de deslealdade. A traição que resultou na morte de seu marido e na quase morte de seu filho a deixou alerta. Não podia mais baixar a guarda. Ainda assim, antes de ir embora com Henry, precisava assegurar que uma boa pessoa assumisse o reino.

Francis era filho único, último da linhagem de sua mãe. A linhagem do antigo rei tinha acabado quando o mesmo morreu e Francis, decidiu que não queria ter filhos e passar sua maldição adiante. Restavam parentes distantes, alguns que nem mesmo tinham grandes posses.

O primeiro na linha de sucessão depois de Henry parecia perfeito. Madeline o observou durante algum tempo, parecia ser um bom marido, tratava sua filha mais velha com um pouco de dureza mas não podia ser julgado por aquilo. Não era jovem, tinha duas filhas entrando na juventude. Um rei ideal, ou era até que a rainha descobriu que era um abusador. Madeline o viu abusando de uma das serventes, em uma tarde em sua casa, não hesitou em arrancar seu coração. Tirou as memórias da moça, além de lhe dar dinheiro o bastante para que seguisse para longe dali. Não suportava aquele tipo de coisa, especialmente por ter passado por uma triste situação. Com ele morto, passaria para o próximo da lista.

O segundo candidato era um senhor que já conhecia. Ambicioso e que havia se casado com uma criança, para dizer o mínimo. A menina tinha quinze anos e ele, por volta dos sessenta. Ela estava grávida - não dele, embora o homem não soubesse -, então sua vida já estava garantida. Madeline o matou também, isso fazia restar mais um possível rei.

Depois de dispensar mais dois candidatos, passou para o quinto. Era um homem na flor da idade, ambicioso, mas gentil com a mãe e a família. Eram lordes em uma vila, e no entanto, cheios de humildade. Era um homem do povo, estava sempre ajudando quem podia. Além disso, dava ótimos discursos. Com um pouco mais de conhecimento e direcionamento, seria fantástico. Madeline reparou na forma como ele tratava as irmãs, os irmãos e principalmente a mãe. A única coisa que não parecia se encaixar era a sua solteirice. Era de esperar que um lorde, tão bom quanto era, já estivesse casado naquela idade ou no mínimo procurando por pretendentes. Descobriu que ele se envolvera uma vez com uma jovem da vila, mas a deixou de coração partido e moça foi morar com a família em outro país.