Há 600 anos atrás
— palácio —Uma brisa gelada atravessou os fios soltos de cabelo de Madeline. Estava apoiada em sua janela, apreciando a vista para a floresta na parte de trás do castelo. Seus pensamentos iam longe, sem nenhum tipo de medo ou insegurança, não naquele momento. Tinha vontade de sair correndo para a floresta durante a noite, sabia que sentiria liberdade lá, queria sentir o vento forte sob seus cabelos, queria a grama em seus pés. Ali, no castelo e longe de todos os seus problemas, se sentia bem. Algo nela gritava que aquilo não iria durar, aquela era a única sensação que assustava a mulher. Estava no palácio há um bom tempo, a vida ali era calma e nunca ficava entediada. Talvez aquela fosse a melhor coisa que havia acontecido em sua vida.
Ouviu batidas incessantes na porta, o que a fez despertar de seus devaneios. Caminhou até a porta de madeira e a abriu, dando de cara com a menina loira que tinha um sorriso animado nos lábios. Parecia alegre como oque quer que tenha acontecido, não esperou para que Madeline abrisse espaço, praticamente a empurrou para entrar no quarto.
—Olá Elizabeth.— disse a morena cm um sorriso.
—Não vai acreditar no que acabo de descobrir.— diz com animação.— Uma família de Lordes acaba de chegar no palácio, os Mikaelson. São quatro pessoas, uma mulher e três homens. Todos bonitos e solteiros. É a oportunidade perfeita para encontrar um casamento bom para mim, não terei que casar com um velho.
Madeline achava aquela animação muito precipitada, mas o que poderia fazer além de apoiar a princesa? Essa era a sua função, afinal. Abriu um sorriso com a animação da princesa, que tinha quase sua idade, sendo apenas alguns anos mais nova.
—Não acha que o rei possa estar procurando por um casamento melhor? Talvez com algum príncipe.— sugeriu a dama de companhia.
—Meu pai disse que levará minha opinião em conta, embora eu não possa escolher. — explicou a princesa.— Além disso, posso ao menos ter alguma experiência, me apaixonar antes de ser condenada à um casamento sem felicidade com um velho impotente que nem ao menos pode me fazer ter herdeiros.
As vezes, Madeline esquecia que Elizabeth era um princesa. Suas palavras nem sempre eram tão delicadas, não quando estavam a sós. Gostava da sinceridade das ações e palavras da menina, a deixava mais à vontade.
—E como sabe da visita dos Lordes?— perguntou.
—Sou a princesa, Madeline, sei de tudo que acontece. Ou pelo menos minhas criadas sabem.— disse com um sorriso ladino.— Mas teria descoberto de qualquer forma, o rei me contou no café da manhã, disse para me preparar. Passarei um bom tempo com a filha da família, pelo que me contou.
A loira começou a dançar pelo quarto e a rodopiar ao som de sua felicidade. Madeline a olhava com um sorriso divertido, encantada pela capacidade de viajar que a princesa detinha em seu coração.
—Estou tão contente.— diz assim que conclui sua dança.— Pode ser que encontre um marido ou até você encontre!
Aquela pareceu uma piada, para a dama de companhia. Um lorde jamais olharia para uma empregada da princesa, ao menos era o que ela pensava.
—Não conte piadas, Elizabeth.— brincou.— De onde vieram?
—O rei disse que vieram de um reino distante, por tempo indeterminado. Acho que estão em busca de novas alianças, são de extrema confiança do rei de onde são, então meu pai quer agradá-los de qualquer forma. São muito ricos e com muitas terras.— explicou a loira, ainda com animação.
Aquela visita pareceu estranhamente suspeita para Madeline. Como pessoas tão importantes como aquelas não teriam avisado sobre a sua vinda para o castelo? Não tinha tido nenhum tipo de preparação para a visita de alguém. E por que o rei tinha permitido se não sabia que viriam?
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The Vampire Queen | revisão/reescrita
Hayran KurguObs: O livro mudou de nome e de capa, se chamava "The Queen" Há 600 anos atrás, Madeline Royer teve os pais mortos em um misterioso ataque de animal. Foi levada para o palácio quando a oportunidade de servir a princesa surgiu, pensou que seu problem...