The Vampire Queen | revisão/reescrita

Just Like You

Há 600 anos atrás
3 meses depois

O sol estava brilhando entre as nuvens, ele não estava visível mas ainda conseguimos ver um pouco de seu brilho. A brisa do vento fraco passava pelo meu rosto e um sorriso incontrolável nasce em meus lábios.

—Faz tempo que não a vejo sorrir assim.— diz Charles com um sorriso.

Dou uma risada curta e baixa. As últimas semanas foram difíceis para mim. Elijah decidiu fazer uma viajem a outro reino por algum tempo mas antes de ir, nós nos vimos de novo. Foi horrível não por termos entrando em uma discussão, já me acostumei com isso, mas fiquei abalada por ele ter dito que me tornei uma pessoa horrível, vingativa, manipuladora, egoísta e cruel. Mas o real motivo para isso ter me atingido tanto é porque eu acho que ele tem razão. Não queria me tornar uma pessoa má mas sinto que é exatamente o que estou me tornando.

—Desculpe por ter estado distante de você.— falo.— Tenho passado por algumas dificuldades.

—Não tem problema algum.— fala ele com um sorriso.— Sabe que estou aqui para o que você precisar.

Charles é um homem encantador, extremamente simpático e caloroso, poderia dizer até que parece gênero e um homem bom. Infelizmente, soube que reino passa por diversas dificuldades e, ao que parece, o rei os deixa passar fome aumentando mais ainda o preço da comida.

Pensei que se eu passasse um tempo com Charles iria arrancar seu coração, mas consigo dizer com total sinceridade que se ele não fosse um homem tão cruel com seu reino, eu, com toda a certeza, gostaria muito dele.

—Mary.— me chama.

Paro de andar e o olho. Charles também tinha parado de andar e me olhava com uma expressão tensa.

—O que pensa sobre mim?— pergunta.— Como você me vê?

Solto um suspiro fraco e me aproximo dele.

—Vejo-o como um homem com sérios problemas para se controlar, um rei forte e impiedoso. Te vejo como um amigo fiel que me faz sorrir e apesar de seus defeitos, uma pessoa de quem eu gosto.— falo. Não sei porque disse essas coisas ruins sobre ele, acho que não consegui controlar.

—Não sou um rei forte. Nem impiedoso.— diz.— Preciso que você entenda... não sou eu que tomo essas decisões.— ele desvia o olhar durante alguns segundos.— Mary, confio em você com toda a minha vida e quero lhe contar um segredo que jamais deve ser revelado. Está disposta a isso?

Assinto com a cabeça.

—Vou parecer um maluco mas...o conselho é poderoso e eles têm um assassino muito forte e poderoso sob o domínio deles. Sempre que faço algo que não os agrada, alguém próximo à mim morre.— fala e solta um suspiro.— Não posso ser um bom rei, não sou forte o suficiente nem para desafia-los!

Sua expressão era completamente desoladora. Dava para ver que ele estava perdido e não sabia o que fazer, por mais que seja estranho, não gosto nem um pouco de vê-lo assim.

Coloco minha mão em seu rosto e acaricio sua bochecha.

—Acredito em você.— digo.— Vou ajudá-lo no que eu puder, você tem a minha palavra sobre isso.— um sorriso fraco brota em meus lábios, depois de alguns segundos ele também sorri.— Você precisa confiar em mim e me contar qualquer coisa, a minha vida também é cheia de mistérios e histórias obscuras que não te contei e nem sei se contarei. Meu plano inicial era encontrar uma pessoa em quem eu pudesse confiar e acho que essa pessoa é você.

Um sorriso nasce nos lábios de Charles é ele se aproxima de mim. Com a nossa perigosa proximidade, consigo sentir a sua respiração em meu rosto.