Bad Romance

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Há 600 anos atrás
— Palácio —

Semanas haviam se passado sem que eu saísse do quarto. Deveria estar feliz, já que Charles havia cortado qualquer tipo de aliança que tinha com o reino do meu antigo marido. Ele estava mais fraco e essa era a minha primeira vitória.

Mas não estava feliz.

Francis me visitou algumas vezes e viu que estava completamente indisposta. Ele, sendo o bom homem que é, cuidou do meu filho durante esse tempo. Disse que Henry precisava de um rosto amigo além das criadas. Francis era um amor comigo, bem mais do que merecia.

O dia estava triste, como não ficava a muito tempo, mas, por ironia do destino, me senti bem para sair do quarto.

Não falara com Niklaus durante esses dias e muito menos com Elijah. Rebekah havia me dito que ambos estavam felizes até demais. Tudo isso enquanto Kol dava uma de jovem sem escrúpulos e vivia com mulheres em seu quarto. Ele me jurou que não matara nenhuma delas e nem se alimentava sem o consentimento das mesmas. Prefiro acreditar nisso do que pensar no que poderia estar acontecendo naquele quarto.

Andei pelos corredores do palácio sem saber direito para onde estava indo. Só queria pensar no que seria de mim. No que faria e em como tentaria resolver as coisas.

—Madeline!— disse uma voz conhecida me chamando no fim do corredor.

Me virei dando de cara com Francis e agradeci por ser ele e não um dos Mikaelson.

—Francis!— falo dando um sorriso.

—Vejo que está melhor.

Ele parecia estar estranhamente nervoso, o que de alguma forma me deixou inquieta. Parecia que tinha algo a dizer e estava com as mãos atrás das costas.

—Sim, estou. Resolvi dar uma volta e tomar um pouco de ar.— respondi com um sorriso pequeno.

—É bom saber.— fala também sorrindo.— Será que podemos conversar?

Assenti com um sorriso e o acompanhei pelos corredores até chegarmos ao jardim.

—Então, sobre o que quer falar.— perguntei para Francis.

Ele deu um sorriso nervoso e me olha.

—Gosto muito de você, Madeline. Nunca pensei que pudesse contar com alguém, que pudesse confiar e principalmente que pudesse...amar.— fala e eu sinto minhas mãos começarem a tremer.— Eu te apoiarei em tudo, como já faço. Independente do que acontecer, sempre estarei ao seu lado. Em pouco tempo, se tornou importante para mim e me ajudou a tomar o controle da minha vida e do meu reino.

Francis para de andar e eu também. Ele me olhava tenso e eu estava igualmente nervosa.

—O que eu quero dizer é,— respira fundo.— Quero tê-la ao meu lado até o fim da minha vida. Não só para me apoiar no reino, mas ser a minha esposa e a mulher que amo. Assumirei Henry, inventamos uma história e ele será o herdeiro.

—Francis, eu...

—Não tentando de subornar nem nada assim, está bem? Continuarei do seu lado mesmo que não aceite. Poderão ficar o tempo que quiserem.— me interrompe.—Não precisa me responder agora, quero que pense bem na minha proposta.

Francis nem me deu tempo para pensar no que faria, assim que terminou de falar, se virou e saiu do jardim rapidamente.

O que havia acabado de acontecer? Por que a minha vida era tão complicada?

Fui aí único lugar onde teria alguma paz para pensar no assunto, não só nele, na verdade, mas em todos os problemas que arranjei.

Henry tinha crescido tanto, logo já estaria causando o terror pelo castelo. Já tinha completado um ano de idade, mas ainda parecia meu pequeno bebê. Por ele eu faria qualquer coisa, até morreria se fosse preciso. Queria que ele tivesse uma boa vida, uma vida longe dessa confusão de vampiros e lobisomens. Queria que fosse feliz.

The Vampire Queen | revisão/reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora