Park jimin.

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Me arrasto pelos enormes corredores da mansão, a dor agonizante em minha costela me fazia gritar e chorar ainda mais.

— Não tem para onde fugir, Jimin.

Todos os pelos do meu corpo se arrepiam, a maldita voz não soa distante e mesmo que eu esteja me esforçando para fugir, não é o suficiente

— Você não deveria ter ouvido minha conversa, ômega — Consigo ouvir os pés se arrastando pelo piso. — Agora eu serei obrigado a punir você...

A porta do quarto não está distante, por um momento pensei que conseguiria chegar até lá.

— E a culpa é sua — Mas ele me alcança.

                                   🥀

Acordo em um sobressalto.

Suado e ofegante sinto minha caixa torácica ser vítima das batidas sem ritmos do meu coração. Me forçando a engolir saliva tentando aliviar a sensação de ardência na minha garganta seca.

Volto a deitar as costas na cama novamente, resmungando pela dureza do colchão velho e fino.

Minhas mãos automaticamente foram de encontro a minha barriga grandinha de 6 meses, acaricio o local me forçando a ficar calmo para que não transmita meu nervosismo e medo ao filhote.

Logo, me encolho na cama, chorando baixinho.

Um arrepio na espinha me faz fechar os olhos com forma, conseguia sentir o toque das mãos grandes e sujas.

Por um momento tudo oque desejo é acabar com todo esse sofrimento. Mas pensar no bebê que carrego me impede de realizar tal desejo.

Me livrando das lágrimas que embaçam minha visão, viro o rosto na direção do relógio ao lado da cama. Já passava das 6:30.

Chuto as cobertas para longe do meu corpo e levanto, sentindo os ossos estalarem.

Sou atendente de uma pequena loja de flores, desde que cheguei a Nifen fugindo do meu clã, fui acolhido por um ômega chamado Taehyung, que hoje além de ser meu chefe, é meu melhor amigo.

Tomo um banho rápido para me livrar do suor em meu corpo. Aproveitando o tempo no chuveiro para cantar em sussurros uma música baixinha para o meu bebê.

Depois de finalizar o banho, visto uma roupa fina até demais para o clima gelado da cidade.

Giro a plaquinha da loja, indicando que já estamos abertos, ajeito os vasos de flores na entrada da loja dando mais atenção para as rosas.

São minhas preferidas.

— Bom dia, Ji. — Taehyung diz, assim que entra pela porta da floricultura.

— Bom dia, Tete. — Eu aceno para ele, com o olhar fixo na sacola de café da manhã que ele carrega.

— Bom dia para você, meu amor. — Ele abaixa um pouco para falar com a minha barriga. — Como tem estado aí dentro, hm? Conta para o titio

Sorriu da forma infantil que ele fala com barriga. Gaiato estendo minha mão até conseguir alcançar aquilo que tanto tem minha atenção, roubando um biscoito da sacola enfiando com tudo na boca.

Choramingo, deleitoso e satisfeito.

— Temos médico hoje bonitão, não se esqueça. — Ele me lembra, indo para trás do balcão.

— Não precisa fechar a loja só para me acompanhar ao médico Taehyung, é sério. — Volto a reforçar, mas Taehyung nega.

— É sua primeira consulta Jimin, eu estou tão ansioso quanto você para descobrir o sexo do bebê e ouvir os batimentos.

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