Jeon Jungkook

35K 5.8K 1.9K
                                    


Meu pai me ensinou a ser gentil, complacente. Me ensinou a ser honrado e honesto, a ter empatia e sempre me pôr no lugar do próximo.

Mas ele também me ensinou a ser frio, calculista, a não abaixar a cabeça para ninguém em hipótese alguma, me ensinou a matar e não ter remorso por isso.

Alguns me temem, outros me respeitam, mas a verdade é que muitos me invejam.

Sou filho único, herdeiro de um império que foi construído pelo sobrenome Jeon.

Herdei de Jeon Byung-hun, seu posto de líder do nosso clã, e mesmo que tenha me tornado líder muito novo, eu sou bom no que faço. Lidar com as situações cotidianas do dia a dia do clã é um trabalho que faço por obrigação, mas meu maior desejo é vingar a morte do meu pai.

Eu tinha apenas 19 anos quando ele foi brutalmente assassinado na minha frente.

Lembro com clareza o dia em que tudo aconteceu...

Era meu aniversário, nossa casa foi invadida por vários homem que por se esconderem atrás de máscaras e inibidores de cheiro, não fui capaz de identificar suas espécies ou ver seus rostos.

O rosto manchado de sangue do homem que me moldou a vida toda para ser quem eu sou hoje, ainda está gravado em minha memória como um lembrete de que eu nunca poderei descansar até matar um por um dos responsáveis por tirar sua vida

No dia em que o clã se despediu do meu pai, eu jurei vingança.

Hoje faz três anos que ele morreu, e meu dia já começou com o inferno de uma maldita reunião.

— Jeon, não pode simplesmente continuar com isso, o que aconteceu semana passada não pode voltar a se repetir. — Ouço a voz de Kang, e minha cabeça lateja.

A uma semana nosso sistema foi invadido, tentaram apagar todos as informações sobre a investigação do assassinato do meu pai, Mas graças a Namjoon, um hacker experiente e gênioso, conseguimos impedi-lo.

E graças a mim, o hacker já não está mais entre nós. Infelizmente, não conseguimos nenhuma informação que pudesse nos ajudar. 

— Você consegue entender, Son kang? — Apoio os cotovelos na mesa. — A pessoa por trás disso é a responsável pela morte do meu pai, se a pessoa foi capaz de se arriscar e invadir nosso sistema, significa que estávamos cada vez mais perto. — Lhe ofereço um sorriso convencido.

O beta suspira, se jogando no assento da cadeira novamente.

— Você não vai desistir dessa vingança, não é? 

— Nunca.

Ele assente, cruzando seus braços sobre o peitoral.

— Hoje faz três anos, você vai comparecer à cerimônia?

Todos os anos neste mesmo dia eles fazem uma homenagem ao meu pai, eu nunca participei de nenhuma.

Por vergonha de até hoje não tê-lo vingado.

— Não. — Nego, pressionando a língua contra a parte interna da bochecha. — Se era só isso, eu estou de saída.

Dou fim aquela reunião, e antes que ele me chame para mais um de seus conselhos motivacionais de como eu deveria seguir com a minha vida, me retiro.

Dentro do carro aperto os dedos no volante e não me entrego à vontade de chorar, mesmo que meu lúpus implore por isso. O restaurante que tenho reserva não fica longe, por isso em alguns minutos estou atravessando o Hall de entrada.

— Jungkook. — O ômega me chama, aparentemente feliz em me ver. — Faz dias que não vem aqui, sentiu saudades da minha comida? 

O encaro descrente, Seokjin é um dramático nato. — Eu estive aqui ontem 

Em busca de proteção Onde histórias criam vida. Descubra agora