David-Os Herdeiros Do Crime

Capítulo 9

Foi aqui que tudo começou...
Foi nesse dia que eu me prendi a teia da aranha mais perversa de todas.
Você nunca sabe se está de fato pronto pra mudanças, algumas coisas acontecem e você apenas aceita, mas, e quando tudo que você acredita ser o melhor acaba rapidamente?
Quando você aprende a andar pela primeira vez, isso fica marcado na sua memória, porém você não passa a contar seus passos, mas...isso era diferente, isso sim ficaria gravado na minha memória, e meus passos seriam discretos em direção a superação do que acabei de ver, e eu vi! Ele acaba de matar um homem na minha frente, maldita a hora que eu esqueci meu celular!

Meu corpo estava travado, meu coração acelerado, eu podia jurar que a qualquer momento ele pararia como o deste homem, estava com medo, estava triste, com certeza não era para que eu veja isso!
David me olhou furioso, aquele homem me exalou o medo que eu sabia sentir dele, era monstruoso, era medonho, era mal.
Eu via maldade em seus olhos, e hoje mais do que nunca isso ficaria marcado para o resto da minha vida!
Minha pernas me traiam, pareciam não querer saírem do lugar e eu queria gritar e pedir socorro mas as palavras não saiam da minha boca, somente lágrimas, mas então David faz um sinal com a cabeça e os homens que estavam com ele começam a vim em minha direção, foi aí que eu criei coragem, apertei o botão, o elevador desceu e eu corri, eu poderia morrer naquele exato momento, só que eu corri, corri o mais rápido que pude, tento achar a chave do carro em minha bolsa, mas estava tremendo muito, me escondo atrás do carro tentando recuparar meu fôlego, se eu estivesse com meu celular agora, ligaria para a polícia mas minhas mãos tremiam muito e eu era incapaz de raciocinar, então decido correr mais, porém quando me viro para o lado um dos homens segura o meu pulso e já não aguentava mais, tudo começou a girar e eu desmaiei!

Meu corpo se comportava estranhamente estranho em situações conflitantes, traidor!
Mas ver uma pessoa morrendo era demais, eu simplesmente desliguei, e não sei quanto tempo fiquei assim.

Começo a me mover com calma, sinto que já não estou mais em pé, mas também não estava no chão, meus olhos começam a se abrir aos poucos e aos poucos, até que se abrem lentamente me fazendo encarar o tento, uso minhas mãos para sentir e eu estou em uma poltrona, como eu vim parar aqui? Foi ai que comecei a olhar ao redor e a decoração era famíliar, já estive aqui antes...era o escritório da boate! Olho para o chão e tinha uma mancha de sangue. Levanto rapidamente minhas costas do encosto da poltrona e lá estava ele, David Myllian de pé a uns 3 metros de mim com braços cruzados, abaixo a cabeça na hora, não consigo olhar para esse ser monstruoso.

-Você...-Digo com a voz trêmula e começo a chorar -Você matou aquele homem!

-Não é da sua conta, na verdade não era, até você ver o que não devia!-David fala grosso e firme.

-Maldita a hora que eu esqueci o celular!-Reclamo e procuro o celular nos bolsos, mas ele não estava, me lembro que não tinha o achado, então olho para a mesa atrás dele e ela está a meu celular, ele segue meus olhos.

- Esse?-Pegunta.-O que iria fazer? Ligar para a polícia?

-Eu...eu...-não sabia o que dizer

-Você não sabe não no que se meteu garota! Poderia ser menos enxerida!-Ele dar um passo para frente eu um para trás, sua voz era pesada, tinha muita raiva nela e eu temia onde isso poderia chegar, o que minha vida valia?

-Eu jamais pensei que veria isso hoje! eu simplesmente não sei o que fazer, você matou aquele homem!-as lágrimas rolavam.

-TUDO ESTAVA INDO BEM ATÉ VOCÊ APARECER ALI, NAQUELA HORA, VOCÊ TEM NOÇÃO DE QUE NÃO DEVIA TER VISTO AQUILO NÃO TEM?-ele grita, meu corpo começa a se enconlher de medo conforme ele andava em minha direção, mas eu era forte, precisava ser, não iria entrar em jogos criminosos

-O que? Ver o monstro que você é?-Encaro e ele da eu passo longo em minha direção ficando muito perto de mim, as palavras foram cuspidas da minha boca, eu não tinha dimensão disso.

-REPENTE!-Ele pede entre os dentes, eu podia sentir o pesar de sua respiração, a minha estava desregulada, engulo a saliva na hora, então abaixo meus olhos para sua cintura e tinha uma arma bem ali.

-Vai me matar?-Pegunto com uma lágrima descendo no rosto, David estava tão próximo e eu sentia seu cheiro, mas o ar me faltava, estava com medo.Ele não disse nada, apenas encarou meu rosto, foram os 5 segundos mais torturantes da minha vida, ele coloca a mão na cintura e tateia a arma, fecho meus olhos, era agora...eu irei morrer, sinto pela última vez sua respiração quente invadindo a minha até que

-Aquele homem mereceu o que fiz com ele!-Ele diz, abro meus olhos cautelosa e ele tinha saindo de perto de mim-Ele fez coisas ruins, então é assim que se paga, você jamais entenderia.

-Jamais, não se pode punir uma pessoa com a morte dela, isso é...isso é.... desumano!-Cuspo.

-CHEGA PORRA!-Grita! Meu corpo se assusta e toco com as costas na parede.

-Acabe logo com minha agonia e me deixe ir embora por favor, eu não chamarei a polícia!-Suplico-Eu precisava do emprego mas eu saio!-Ele pega a arma e passa a mão com o revólver na cabeça, ele estava pensativo, será que decidia se me matava ou não?-Porfavor!

-Eu não vou matar você!-Ele vem novamente em minha direção -Mas você entende que eu deveria?-Ele sorrir sádico, faço que não com a cabeça -Mas não farei isso, por enquanto...

-Se me deixar ir agora, eu nem volto para acertar a demissão,apenas me deixe ir!-Digo e tento caminhar para a porta, então ele me puxa pelo braço impedindo que eu saia

-Não não!-Ele fala e faz com a Cabeça -Eu não farei nada com você, mas eu ficarei de olho em você! Então não vai ser demitida, porque aqui posso te observar de perto, você descobriu um segredo muito delicado, não posso simplesmente deixar você ir embora!-Sua voz soava sádica e terrorista, minha espinha se arrepiava a cada palavra saindo de sua boca, ter um criminoso a observar meus passos me assustava.

-Você não pode ficar me observando, eu não fiz nada!

-Não tem para onde fugir Ane!-Ele diz sorrindo, meu nome em sua boca soava diferente, mas era o repúdio de um monstro que eu sentia-Eu quero você perto de mim, na minha visão, entendido?-Ele aperta mais meu braço, eu não respondo-ENTENDIDO PORRA?-Grita.

-Você não pode!-Respondo com a voz trêmula.

-Eu posso o que eu quiser!-fala aproximando seu rosto de mim, minha respiração desregulada invadiu o som da sala, ele Solta meu braço - Eu e meus homens estarão de olho, se você abrir a boca para alguém, não serei misericordioso-Ele fala e tira do seu bolso meu celular -Va para casa!-Ele entrega em minha mão, eu apenas pego e saio correndo com medo e vou para casa.
Entro desesperada dentro de casa me certificando de que tudo estava trancando, me deito na cama e fico a pensar no que eu vi hoje, como pode David ser esse monstro?