007. O Guitarrista Do Hideout

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Quando Chrissy Cunningham acordou aquela manhã de terça-feira, todo o seu corpo estava completamente dolorido. Não por agressões de Jason. Pelo contrário, Jason havia tentado ser bom para ela durante aquele final de semana. Ele havia mimado ela no final do domingo, quando ela havia decidido conversar com ele sobre seu comportamento, ele havia levado ela para um restaurante legal, conde seus pais costumavam jantar nos aniversários de casamento, o Enzo's.

O restaurante luxuoso nas possibilidades de Hawkins a fez não querer uma cena em público, mas a expressão de poucos amigos de Chrissy denunciava que as coisas não estavam bem. Mas apenas pelo fato de ter aceitado fazer aquilo, para Jason, tudo estava bem.

Chrissy não comeu muito naquela noite de domingo, seu estomago estava revirado e ela estava procurando a forma certa de dar um basta naquilo tudo. Mas a sua habitual covardia a impediu. Mais uma vez...

Enquanto, quando Jason foi grosseiro no final da noite, por ela querer ir ao banheiro, aquilo a desestimulou ao máximo.

— Você devia levantar apenas quando eu me levantar da mesa, Chris — ele disse, de forma irritada.

— Eu preciso ir ao banheiro — ela alegou, seus olhos fitando a mesa.

— O que vai fazer no banheiro? — indagou ele, bebericando do seu suco de groselhas. Chrissy suspirou, irritada.

— Eu vou fazer xixi, Jason — ela disse, como se fosse a coisa mais idiota do mundo. — Ou você prefere que eu o faça aqui?

Jason a fitou, seus olhos exasperados.

Jason Carver sabia, e ao mesmo tempo não, dos transtornos de Chrissy. Ele fazia o máximo para esconder que quase nunca a via comendo e quando via, ela logo ia correndo para o banheiro. Uma vez, ela alegou que tinha uma bexiga solta. E ele preferiu acreditar naquilo. Por um tempo... Depois, ele só não se importava. Adorava sair com Chrissy para os restaurantes, ela comia tão pouco que quase nunca precisava pagar tão caro numa conta. Ao contrário de quando saia com Jessica Wilson.

Chrissy ignorou todas as investidas de Jason, até que ele a levou para a casa dela, parando o carro na frente da casa bege e dourado da garota. Ela sabia que seu pai a esperava na sala, pronto para reclamar sobre Jason e horários.

— Chris... — a voz dele soou na penumbra do carro. Chrissy virou para ele, para que pudesse olhá-lo melhor. Sabia que ele não faria nada com ela ali. Não com seu pai não muito longe. Afinal, Jason tinha padrões... — Eu queria te perguntar uma coisa...

— O que quer saber?

— Munson... — ele disse o nome, com exaspero. — Ele... Ele está perturbando você?

— Eu não quero falar de Eddie Munson — Chrissy disse, dura.

Jason a estudou, vendo cada linha no rosto da garota.

— E sobre o que quer falar, então?

— Nós... — ela disse. — Sobre o que aconteceu... Sobre você...

— Eu o quê? — e lá estava toda a vitimização de Jason que vinha logo depois. — Nós brigamos, você me irritou. Você disse que estava fodendo com aquele otário esquisito. O que esperava? Eu não sou um santo, Chrissy... Mas eu preciso de respeito.

— Acha que eu não preciso, Jason? — ela indagou, exasperada. — Você me machucou. E acha que transar e me levar para jantar resolve qualquer coisa. Não resolve.

— Não? — ele riu. — Eu gastei uma grana com você, te levando pro Enzo's. Eu venho sendo a porra de um santo, Chrissy! Aturando suas merdas! Pelo amor de Deus...

Os Lábios de Vênus (Eddie & Chrissy)Onde histórias criam vida. Descubra agora