014. A Escolha de Marte.

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Não foi difícil encontrar Chrissy, ela estava encostada à porta do banheiro do andar superior, não havia fila, mas tinha gente lá dentro. Ele se encostou à parede, observando-a dos pés à cabeça.

Ela vestia um espartilho champanhe, com pequenas e delicadas fitas e rendas bordadas ali, ele era delicado, assim como ela. Na parte debaixo, ela vestia uma curta saia de tule, não muito menor do que a saia que costumava usar na escola, embora fosse transparente, deixando claro o pequeno short branco que usava por baixo. Assim como meias 7/8 brancas, com detalhes em renda cor champanhe. Uma pequena cinta liga segurava as meias ao short, fazendo com que aquilo fosse extremamente sensual.

No topo da cabeça, Chrissy carregava uma auréola de anjo, coberto com pequenas plumas e nas costas pequenas asas com plumas também. Ela estava malditamente sexy. Seus cabelos soltos, com pequenos cachos em volta do rosto, caídos sobre os ombros.

— Eu nunca fodi um anjo — foi tudo o que ele conseguiu dizer, após algum tempo a observando. Ela não tinha visto ele parado ao seu lado e o fato de ele sussurrar tão perto de seu ouvido a fez estremecer.

Chrissy olhou em sua direção, sentindo suas bochechas corarem imediatamente.

— Não significa que vá esta noite — ela rebateu, de forma segura, após alguns segundos.

— Talvez — ele estalou a língua, sentindo aquela sensação de familiaridade e tesão entre eles. E ele sabia que Chrissy sentia o mesmo. — Talvez eu possa remarcar com você para reutilizar esta fantasia, só que no meu quarto...

Chrissy sorriu. Ela estava bêbada e com tesão. Que mal havia?

— Você costuma ser muito direto, isso tira a magia... — ela sussurrou de volta.

— Cunningham, baby... Me deixe te dizer uma coisa... — ele começou, alcançando a mão fria da garota, a puxando para mais perto, mas a queria longe dali. Ele não queria ser pego beijando-a. Não naquele instante. — Faz dias que a única coisa que quero é ter um tempo com você, conversar com você... Sentir seu cheiro... — ele passou seu nariz pelo ombro da garota, fazendo-a arfar, em seguida, passou a língua pelo pescoço, suavemente com os lábios e dentes, recebendo um gemido em resposta. — Sentir seu gosto... Ter você. A gente não ta conseguindo conversar desde que tudo aconteceu.

— Você acha que foder comigo agora resolveria seus problemas? — ela indagou, baixo. Ela se sentia fodidamente molhada.

— Seria um bom começo... — ele sorriu para ela, puxando-a suavemente para mais distante do corredor, levando-a em direção ao quarto no final do corredor. As ordens pareciam claras: quarto de Steve.

Quando alcançaram a porta e a fecharam atrás de si, tudo o que Eddie fez fora se encostar atrás dela, puxando a garota para mais perto, sem muita dificuldade e beijando-a.

O beijo passou de tranquilo, cheio de saudades para ardente, como uma chama ateada à pura gasolina. As mãos de Eddie eram gentis, ainda como Chrissy se lembrava, ou talvez, fosse apenas o álcool falando.

Ele desceu a mão por seu corpo, apertando sua cintura e descendo até seu traseiro, apalpando-o, apertando com vontade, recebendo pequenos suspiros de aceitação da garota.

Chrissy, no entanto, se afastou, alcançando a cama e se sentando ali.

— Vamos conversar — ela disse, sua voz carregada pelo tesão que assolava aos dois. Mas Eddie não podia reclamar. Eles não tinham um momento a sós desde o término de Chrissy e Jason. As coisas pareciam bagunçadas entre eles. — Eu sinto muito não ter aparecido...

— Foram apenas três noites, Cunningham — apontou Eddie, falsamente despreocupado. Mas ambos sabiam da verdade. Havia sido frustrante para eles. — Você queria ir com calma e tudo bem para mim.

Os Lábios de Vênus (Eddie & Chrissy)Onde histórias criam vida. Descubra agora