Capítulo 15 - Segredos

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"-Torre de controle, daqui Alaska verificando terreno para aterragem.

-Daqui torre de controle, permissão para aterragem concedida. Aterre em segurança.

Olho para os lados e não vejo onde está e meu asa, o que me espanta, pois contava que ele me acompanhasse.

-Hangman, estás onde? - questiono

-Caso, não tenhas percebido o inimigo ainda está em mim. - diz de maneira rude

-Ele não estava com a mira em ti. - digo ficando cada vez mais preocupada

-Mas agora está. - assim que ele acaba de o dizer, grita por socorro - Acabei de ser atingido! Preciso de ajuda!

Eu já tinha terminado o meu combate, por isso voltar para a base era o mais seguro a se fazer e o que queríamos fazer, mas o inimigo não largou a mira de Jake.

-Permissão concedida para voltar para combate?

-Permissão negada, Alaska, volte em segurança para a base.

Uma vez disseram-me que lá em cima não podemos pensar, se pensamos morremos, temos somente de agir. Então foi isso que fiz. Deixei o emocional de lado e segui o que o meu lado racional e instintivo me guiou a fazer.
Quando voamos somos todos iguais, todos importantes e é nosso dever trazer todos vivos de volta para terra.
O que eu via naquele momento não era o rapaz que me insultava e duvidava das minhas capacidades, eu via um colega em apuros que precisava da minha ajuda para sair vivo dali. Foi isso que me fez dar meia voltar e voltar para combate, mesmo depois da permissão me ter sido negada.

-Aguenta, Hangman. - digo fazendo as manobras necessárias para dar a volta e voltar para a beira do meu colega.

-Tenente Kazansky, siga de imediato as ordens que lhe foram dadas e aterre. - ordenam

-Lamento, mas enquanto ele estiver a ser perseguido, eu não aterro. Não sem ele.

-Tenho fogo no motor direito! - grita Hangman

Ele precisava ejetar, era a única maneira segura de ele sair daquela situação, caso contrário a aeronave iria se despenhar. Para além disso, quando me aproximei mais deles, Hangman informara que o radar do inimigo estava nele, ou seja, o avião seria atingido e entraria por completo em chamas antes mesmo de cair.

-Age, não penses. - digo para mim baixinho e tomo a decisão de salvar, a todo o custo, o meu colega.

-Alaska, volte para a base! Agora! - a voz através do rádio que me dava ordens parecia cada vez mais irritada mas eu não parecia ligar, a vida de alguém era mais importante.

Faço o meu avião, que estava a uma altitude inferior, subir a pique, a toda a velocidade, passando a centímetros do inimigo. Como consequência da velocidade a que passei ao lado dele, a aeronave inimiga estremeceu, fazendo com que o radar se baralhasse e a atenção do inimigo se voltasse para mim.

-Baixando altitude, manete para trás. Vou ejetar! - afirma

Hangman ejeta nesse mesmo segundo, em segurança e eu suspiro de alívio ao saber disso. Mas ainda não acabou, o inimigo está em mim agora.
Manobro de maneira arriscada, mas possível, e fico atrás do avião inimigo. Em segundos consigo com que a mira do meu radar marque-o fazendo a cabine dele apitar e saber que a qualquer momento tenho permissão para atirar.
Ele desiste de combate e dá meia volta para ir embora.

TopGun - A Ascensão De AlaskaOnde histórias criam vida. Descubra agora