Capítulo 3 - E o Rio Como testemunha

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Depois do Beijo percebi o que ele tinha feito naquele cômodo... Havia varrido, tinha um lugar no chão arrumado com um edredom leve, flores e havia algo como uma cesta de picnic.

-Ele havia preparado tudo para sua chegada?

Ela sorri com a lembrança.

-Sim. . Sim ele tinha. Eu olhei e perguntei o que seria aquilo.

- Eu queira um momento especial Donna, e tentei fazer o melhor que deu. Muito cafona?

- Ai... Rômulo! Eu achei romântico.

Ele me beijou e me levou até a janela, olhamos de lá as pastagens e ele não parou um segundo de me fazer carinho.

-Esta com fome?

-Na verdade, almocei faz pouco... Mas estou com sede.

Ele me levou até o lugar que tinha arrumado sentamos sob a coberta e ele me serviu um refresco que tinha trazido. Tomei um gole e Rômulo me olhava deliciosamente.

- O que houve?

-Por muito tempo imaginei como seria estar assim com você!

-Mesmo? Por quê? Você poderia ter qualquer uma daquelas meninas do colégio!

- Você é especial, Donna. Sempre tão firme, tão forte, feminina sem ser fresca. Você cativa com sua simplicidade e afasta com seu rampante, com sua brabeza... Ninguém brinca com você, já percebeu?

- Sempre achei que me odiavam.

-as gurias te invejam, mas os piás... Eles têm uma mescla de desejo e medo.

- E você?

- o que têm? - Ele toma um gole do refresco.

-Não tem medo?

- Só respeito, fascinação, admiração, e... - Eu lhe olhava curiosa. - Desejo.

Rômulo vira a me beijar. E foi intenso como no mercado, livre de censuras e então... Afastei-me, eu travei.

Rômulo me perguntava se ele havia feito algo errado, eu expliquei que era eu.

Ele se afasta e caminha pelo quarto.

-Eu entendo.

-Você entende?

-Sim, Donna. Eu sempre disse que você era diferente, e é o que mais me encanta em você, lhe disse naquela noite que eu esperaria, e vou saber esperar.

-Naquela noite.

-O que têm? -Ele vem até mim, senta e me deixa entre suas pernas me aproximando do seu peito, abraça forte e beija minha cabeça. -O que está te deixando cabreira?

Só então percebo que Dona ainda fala com forte sotaque do sul. Sorrio.

-Pedro disse que tu tinha te divertido com Susana e que agora quer se divertir comigo. - Ele me olhava Claudio como se não acreditasse no que eu estava falando. E então ele saiu dizendo...

- Pedro fala, fala, mas na realidade o que ele quer é estar no meu lugar, nenhuma guria olha para aquele infeliz, sobre Suzana, sim nos beijamos, mas nada, Dona, nada aconteceu!

Levanto-me e afasto-me dele.

-O que houve Donna?

- Nós também, só nos beijamos, e isso é NADA para você? Eu sabia que era só uma brincadeira. -Sai porta a fora, já pensando em pegar meu cavalo e rumar para casa, mas Rômulo veio atrás de mim gritando meu nome e pedindo para que eu o esperasse, Senti suas mãos em volta de mim, contendo-me e me pressionando contra a parede do corredor.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora