Capítulo 11 -A Resposta

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DONNA

Ele aceitou? Caio na cadeira com o contrato nas mãos.

-Ele assinou!

Meu coração pulava em meu peito, não foi isso que imaginei. Oque eu vou fazer? Não posso voltar a trás nesse contrato. Achei que ele iria se ofender. Se sentir humilhado!

Fui até a janela e o vi indo até a casa de Suzana.

-Não pode ser!

-O que não pode ser querida? -Cátia estava em meu gabinete e veio se juntar a mim na janela, tentava ver o que eu estava olhando.

-Rômulo!

-O seu lindo moreno que vai sofrer em suas mãos? -Ela sorri docemente, mal sabia ela que meu primeiro golpe sobre ele já tinha sido lançado.

Aponto para minha mesa sem tirar os olhos da casa de Suzana.

-Lhe fiz uma proposta, pensei que seria uma ótima forma de lhe ferir o ego.

Ela vai até a mesa e olha os papéis do contrato.

-Você não fez isso?! -Sua voz era de espanto. -Diga-me que não fez!

A olho friamente e suspiro voltando minha atenção para a casa de Suzana.

-O que ele lhe disse?

-Ele veio até aqui e pensei que iria me encher de desaforos, era o que eu esperava, que me dissesse que eu não o compraria, e que não queria me ver mais em sua frente. Eu precisava que ele fizesse isso, pois ele ficaria longe de mim, ainda mais depois daquela noite.

-Que noite? E o que aconteceu?

Coro em lembrar.

-Vocês estiveram juntos? -Ela dá um leve sorriso, -Não!! vocês se beijaram? Meu Deus! Vocês fizeram amor!

-Cala a Boca Cátia, ninguém fez amor! Aquilo não foi fazer amor! -Minhas entranhas se contraem quando lembro-me dele em mim, meu corpo tem uma onda de arrepio.

-E você fez isso tentando repeli-lo?

-Eu tinha certeza que sim, um homem de verdade não se venderia nem por um bilhão de reais.

-Ele assinou! -Ela diz rindo. -Quebrou sua tese e você está perdida! Ahhhh agora quero ver o que vai fazer, Donna! Te disse que com amor não se brinca e vou te dizer mais uma coisa... Não se brinca com o brio de um homem! E esse Rômulo, parece ser um homem de verdade. Aguarde minha querida que as águas estão apenas começando a embalar esse barco... vejo uma tormenta se aproximando. E acredito que você fez um favor a ele.

-Estou atordoada realmente, não podia ele, apenas me jogar um bando de desaforo e ir embora?

-Onde ele está agora? O que você está cuidando ai?

-Ele saiu daqui e foi direto para a casa de Suzana, quero ver o que vai acontecer.

-Será que ele foi lá terminar seu compromisso?

-Não sei, mas uma hora vou descobrir. Dê-me meu celular, da minha bolsa Cátia.

Ela procura na maldita bolsa e logo me entrega. Digito o telefone de Ana Clara.

-Oi Ana, preciso de um favor.

-Fale Donna, é sobre o plano?

-Sim é!

-Diga que vou fazer.

-Saia de casa e vá até a farmácia, fique por lá e escute tudo que puder quando Rômulo sair da casa de Suzana.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora