Capitulo 8 - O Revide

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Adorei ver a cara de Rômulo ao me ver entrando na sala de audiência, Ele não esperava!

- Ah esse gostinho eu tive! -Olha o que acontece com quem me menospreza Rômulo Figueiró e se prepare... é só o começo!

Desço pelas escadas falando sozinhajá terminei meu dia e vou ao encontro de minha caminhonete, deixei de propósito na frente do consultório dele, queria que ele visse e ele tivesse de lembrar mim o dia todo!

-Deve estar se roendo de ódio.

Terminei com seu dia e sei que ele vai acabar arrancando seus cabelos.

Olho para a janela que o vi me espiando, enquanto me aproximo rindo da minha caminhonete, seu consultório está todo desligado e a porta da frente está fechada, é uma porta de madeira maciça, bonita, estilosa.

Paro de frente para a porta da minha caminhonete e procuro a chave na bolsa.

-Maldita bolsa grande!

Escuto um barulho e numa fração de segundos, estou sendo agarrada por trás e minha boca está sendo tapada, não consigo ver quem é, mas o cheiro me é familiar, Estou sendo arrastada da calçada para dentro do consultório veterinário de Rômulo.

Ele fecha a porta com o pé e ainda mantendo a minha boca fechada pela pressão de sua mão,ele fala.

-Eu precisava falar com você. -Meus olhos se arregalam e mesmo na penumbra consigo ter a certeza que é ele. -Pare quieta, pare de tentar me conter, pare de tentar gritar. Só quero conversar. Certo? Donna faça sinal com a cabeça se entendeu.

Faço que sim com a cabeça e ele começa a tirar a mão da minha boca. Tão logo sinto sua mão se afastar tento chamar por socorro e ele abafa minha boca mais uma vez.

-Caralho de mulher! Cala a boca! Tô pedindo. -Ele estava totalmente desestabilizado. - Vou fazer assim, vou tentar mais uma vez, você não grita e eu te solto! Pode ser? -Respondo novamente que sim com a cabeça. Seus olhos estão fixos nos meus, e minha respiração está querendo se acelerar, eu precisava sair dali, e logo.

-SOCOR. -Sua mão voltou a tapar minha boca e seu braço me enlaçou mais forte na cintura.

-Me explica por que faz isso, está fugindo de mim? -Ele diz e seu rosto está tão próximo que sinto sua respiração em meu rosto. -Por que me processou, por que me sentenciou, não estou falando que está errado, mas quero saber o que te faz ter tanto ódio de mim.

Junto forças de todo meu corpo e o empurro para longe.

-Você não sabe por que o odeio? Por que você não vale nada, não vale o chão que eu piso, nem você nem seu amigo Pedro e nem aquela vadia de sua noiva.

-Donna, nunca te fiz nada de mal.

-Ah não? Vá à merda Rômulo! -Solto uma risada. -Ou melhor vá plantar arvores. E digo mais isso aqui não vai ficar assim! Isso é cárcere privado, e de um magistrado que te sentenciou... Pode te render uma pena muito maior do que já tem.

Agora com a visão mais acostumada com a penumbra, vejo que seu consultório tem uma anti sala bonita, com quadros e um belo sofá.

-Você não parece em nada com a mulher que amei, e é isso que me tira o juízo..

-Mulher que você amou? -Dou uma gargalhada. -você nunca amou ninguém! É isso que quer que eu credite!?

-Você esqueceu de tudo que vivemos, você , eu, Baltimore, aquele rio... Você me trocou e foi embora! E é você que me odeia!

-Não sei do que está falando, não lembro de nada!

-Não lembra!? -ele ri -Você tem certeza, Donna? -Sua voz sai áspera.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora