Capítulo 33 - Há muitas histórias

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ROMULO

Os dias passaram e a Baltimore está sendo reconstruída.

Donna chamou uma empreiteira, a mesma que fez a restauração quando ela voltou. Tento estar por perto sempre que posso, tenho receio que Pedro apronte, não sei o que faria se esse desgraçado machucá-la.

-Rômulo, tem um tempinho? –Luis entra em meu consultório e vejo que está cauteloso.

-Fale homem o que foi?

-Sabe o detetive que falei? Aquele que iria nos esperar em minha fazenda, mas com o incêndio da Baltimore, achei mais coerente marcar uma nova data para conversarmos.

-Sim, o de Uruguaiana.

- Esse. –ele batendo as palmas. –Pois então, ele quer conversar com Donna.

-Por quê?

-Ele precisa de alguns dados dobre Fernando. –Luiz diz sem jeito, ele sabe que esse merda me incomoda e não escondo mesmo.

-Certo, acredito que somente Donna, realmente saberá informar algo sobre aquele merda.

-De acordo.

-Marque com ele em nossa casa.

-Não!

-Qual o problema?

-Ele tem que permanecer no anonimato. –Luis se aproxima de mim. –Imagine se alguém descobre algo, se Pedro fica sabendo do que vamos fazer!

-Você tem razão. – Pedro não poderia sonhar que já sabemos de seu envolvimento em toda essa sujeira.

-Vamos fazer o seguinte, pensei em ir ao fórum, como se fosse alguém reclamando de algo.

-Ela é juíza, não é assim para entrar no gabinete!

-Então?

-Já sei! Na fazenda de meus sogros!

-Mas eles vão acabar se envolvendo.

Isso me preocupou, porém nada do que fizéssemos deixaria de envolver gente inocente, pelo contrário! O que estamos fazendo era exatamente tentando proteger todos.

-Vou confirmar com Donna, e se por ela estiver tudo certo, faremos lá.

Pego o celular e ligo para o numero particular de Donna.

-Alô, Rômulo?

Era minha morena, estava com saudade e sabia que ainda tinha algumas horas para tê-la em meus braços.

-Morena, tudo bem? –Desde que descobrimos o que estava acontecendo, pelo menos em parte, estamos sempre em sinal de alerta.

-Tudo, estranhei sua ligação. –Percebo seu sorriso. –Mas não posso dizer que não estou feliz.

-Que bom morena, vou ser rápido.

-O que está acontecendo?

-O detetive precisa de algumas informações, ele quer falar contigo Morena.

-Se quiser podemos conversar hoje a noite, em nossa casa.

-Pensei nisso, mas Luis achou arriscado chamar a atenção da presença do detetive na cidade.

-Tem razão.

-Pensei na fazenda de seus pais. O que acha morena?

-Pode ser, pode marcar.

-Certo, até a noite.

-Você está tão sério, fiz algo?

-Morena estou preocupado com sua segurança, e..

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora