Capítulo 14 -A festa

207 32 1
                                    

RÔMULO

O dia foi curto, entre conseguir convencer minha mãe em ir à recepção de Donna e terminar minhas tarefas, levei mais tempo do que eu realmente queria.

Minha mãe relutava em ir, mas quando eu disse que eu e Donna estávamos namorando ela teve um surto.

-Você não pode estar falando sério!

-Mãe, não vou admitir que se meta em minha vida amorosa mais uma vez! -Falo vendo-a espumando de braba. -Não sei qual seu problema com meu relacionamento com Donna! Ela é juíza de nossa cidade, é linda, tem personalidade, é educada...

-E não tem berço! Vem daqueles roceiros! A verdureirinha como Pedro chama! -Minha mãe fica batucando a pontas dos dedos dobre a mesa em um nítido sinal de agonia. -Meu filho tenha juízo, pense!

-Mãe quem sabe antes de ficar com todo esse temor, vá comigo, entre comigo de braço dado e desarmada! Conheça Donna. -Ela faz um gesto negativo com a cabeça e eu sento-me ao seu lado, pego sua mão entre as minhas. -Agora sou eu quem peço que se sacrifique um pouco, eu sei que já fizeram tudo por mim, e estou conseguindo arrumar e honrar os pagamentos das dívidas da família e tudo o que quero é que conheça melhor a mulher com quem eu pretendo ter uma vida.

-Não vá com tanta sede ao pote, Rômulo!

-Confie em mim, sabe que não sou nenhum guri de cabeça fraca! -Beijo sua mão. -Por favor, mãe eu preciso de seu apoio.

Ela revira os olhos e deixa escapar um sorriso torto.

-Sabe me levar no bico como seu pai guri. -Ela dá dois tapinhas sobre a minha mão e me beija a face.

-Ele me ensinou tudo que eu precisava saber! -Sorrio e a abraço. -Coloque um lindo vestido, irei me arrumar também.

Chegamos à casa de Donna às dezenove horas em ponto, Cátia estava bem alinhada.

-Cátia essa é minha mãe, Tânia.

-Muito prazer Dona Tânia, bem que minha patroa disse que a senhora era muito elegante.

-Obrigada, Cátia você é muito gentil, Sua patroa tem sorte.

-Obrigada, sintam-se a vontade.

-E Donna? -Pergunto à Cátia, vejo minha mãe olhando a decoração.

-Deve descer em alguns minutos, quase todos já chegaram.

-Certo obrigado. E Ana?

-Está na sala de verão.

Entramos e encontramos Pedro.

-Dona Tânia! Como esta linda.

-Obrigada querido, sempre tão delicado.

-Há Pedro delicado mãe?

-Viu, tem quem admire uma beleza bruta Rômulo.

Minha mãe ria com nossa pequena discussão.

E então vejo Suzana, com uma taça de champagne nas mãos conversando com alguns convidados. Seu vestido era roxo, insinuoso, seu decote mostrava grande parte de seus peitos e os homens em sua volta a olhavam com cobiça. Ela me vê e acena, pedindo licença aos demais e vindo em nossa direção.

-Boa noite!

-Suzana, querida como está linda. -Minha mãe a beija no rosto. Olhe bem Rômulo - ela disse tentando me aproximar de Suzana. -Que mulher linda temos aqui!

-Nossa Suzana, se precisar de companhia sabe que é só chamar. -Pedro beija sua mão.

-Obrigada queridos são seus olhos. -Suzana não havia me olhado até então, mas não demorou a cravar seus olhos em mim. -Muito alinhado nesse terno Rômulo.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora