Capitulo 9 - A Bolsa

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RÔMULO
A porta se fechou e Donna se foi.

-Não acredito que ela disse que me usou! -Começo a procurar meus sapatos. Eu sei que ela gostou, vi sua excitação. Ela não pode ser esse poço de arrogância.

Eu ainda a amo, e descobri isso nesse momento, a tendo em meus braços, com a fúria que ela estava, com a autoridade que tentava me impor. Mesmo assim eu a amo.

Não vou deixar ela pisar em mim, mas não posso desprezar meu sentimento. Seu coração pode está petrificado, mas lhe mostrarei o antídoto.

Ela disse que eu nunca a amei, mas ela sabe que me entreguei inteiramente a ela, eu iria assumir nosso relacionamento. Sei que minha mãe não me perdoaria, mas iria passar.

Ela disse que Suzana, Pedro e eu não valíamos nada. O que os dois tem a ver com essa história toda? Acendo uma luz e vejo próximo à porta uma bolsa.

Pego-a e vejo que são os documentos de Donna.

Coloco a bolsa sobre o balcão de entrada e vejo o que ela carrega.

-Uma carteira, com cartões de credito, dinheiro, documentos. -Vejo a foto da identidade e é a minha morena, sorrio ao revê-la. -É você mudou juíza.

Continuo a olhar, ela carrega um vaporizador com seu perfume, coloco um pouco em meu pulso e o sinto, minha memória mostra nossa ultima transa. -Oh coisa boa.

Passo a mão em meu rosto tentando me afastar do frenesi pelo cheiro do perfume e então vejo algo no fundo da bolsa que me gritou aos olhos, uma foto.

-Isto foi na nossa formatura de segundo grau!

Eu estava um pouco a cima dela, e já queria abraçá-la, mas Suzana não desgrudava, e eu a vi sair para abraçar Ana. Fui até ela e disse que queria conversar com ele no velho hotel.

A lembrança me faz sorrir. Viro a foto e vejo uma inscrição.

"Meu amor e eu" -Depois foi feito um "X" em cima do que estava escrito.

-O que aconteceu aqui? Onde erramos Donna?

Guardo tudo e tomo uma decisão.

Vinte minutos depois estou na porteira do sitio dos pais de Donna.

-Boa noite! -bato palmas para tentar chamar a atenção, alguém se movimenta em direção do portão e então consigo ver. É seu Carlos, Pai de Donna.

-Boa noite seu Carlos.

-Oh menino, Boa noite! Quanto tempo não o vejo. Entre. -Ele abre o portão. -O que eu posso ajudar?

Olhei e vi a caminhonete de Donna estacionada mais ao fundo.

-Sua filha está? Donna?

Ele me encara e cruza os braças no peito.

-O rapaz me desculpe, não sou de me meter na vida de milha filha, mas o que está querendo com ela?

-Sem problemas senhor Carlos, eu...

-O que você está fazendo aqui? -Donna salta da porta e vem as pressas para junto de nós.

Sorrio calmamente.

-Falando com seu pai.

-Sim ele ia me dizer o que ele queria com você filha, eu nem sabia que vocês se conhecem.

-Sim nos conhecemos. -Ela responde.

-Somos ex colegas de colégio e amigos. -Digo e ela cruza as mãos no seu peito assim como seu pai.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora