Capítulo 16 - Relembrando um Sonho...

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DONNA

Durante os dias que seguiram após nosso noivado, Rômulo ficou distante, o que me facilitou um pouco. Eu precisava enxergar com clareza e não me deixar levar por suas artimanhas.

No passado ele me mostrou seu lado doce, e eu me apaixonei. Depois de ter conseguido o que desejava ele deu a vez a Pedro, como se meus sentimentos não valessem de nada.

Nunca esqueci nossas tardes na Baltimore, mas aquilo era apenas uma ilusão que ele criou, quantas vezes deve ter falado com Pedro sobre como conseguiu me enganar facilmente. Eles devem ter se divertido pelas minhas costas.

Hoje minha mãe pediu que eu o levasse, não sei o que ela pretende, mas sei que vou mantê-lo em seu lugar. Meus pais não sabe de meus planos, e nem poderiam. Eles não deixariam que eu levasse a diante, e meu orgulho merece ver Rômulo rastejando aos meus pés.

-Vamos Donna? -Ele entra no escritório, o diabo do homem é lindo. Calça jeans, camisa polo verde e sapatos. Seus cabelos estão um pouco longos e isso o deixa mais sedutor. -O que houve? -Ele pergunta e tenho vontade apenas de avançar em sua boca e beijá-lo.

-Suas roupas estão muito surradas, terá que fazer compras, não posso andar com um marido maltrapilho. -puxo minha carteira e passo um cheque. -Vou lhe dar um cheque. Me dê depois sua conta bancária que faço uma transferência para as próximas vezes.

-Você não precisa me comprar nada, e minhas roupas não estão surradas, porra, sempre tem algo para reclamar!

- Você vai precisar estar bem apresentado... depois falamos. Vamos que minha mãe deve estar esperando.

Escuto ele bufar atrás de mim, abro porta do carro.

- Era melhor irmos em minha caminhonete...

- Vamos no meu carro, o que seu pai vai achar de você me levar no teu carro?

- A verdade... Que sou bem sucedida e tenho um bom carro que é confortável.

Ele agarra o volante e fica parado batendo os polegares no volante.

- Você tem razão. Vamos na sua caminhonete. Eu Dirijo.

Ele desce abre a porta da caminhonete para eu passar. Entro olhando para ele, o que ele deve estar pensando, o que está querendo convidando comigo.

Seguimos pela estrada sem dizer nada. Quando chegamos na fazenda, minha mãe sai sorridente para nos receber.

- Que bom que vieram! cadê Ana?

Rômulo olha-me desconfiado.

- Não deu mãe, mas na próxima ela virá.

- Que pena, entrem!

- Onde está seu Carlos?

- No banho, nasceu um bezerro, ele passou o dia em função, mostre para ele onde fica os bezerros Donna.

Vejo ele sorrir.

Levo até lá e Rômulo sorri ao ver o recém nascido.

- E ai fortão... - Ele parece convertar com o filhote. - Que trabalheira não é?

-Você fala como se ele fosse entender.

- Você poderia ser, só hoje, um pouco daquela Donna que eu conheci anos atrás?

-Sou o que eu sou... ou o que fizeram eu me tornar.

- Você poderia me explicar isso.

- o quê?

- Você já deixou claro que há algo que eu fiz que não lhe agradou. Mas não sei o que é.

-Pergunte a Pedro. Talvez sua memória melhore.

DONNAOnde histórias criam vida. Descubra agora