Capítulo 21 - "Nada farei se não falar!"

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DONNA

Sua voz em meu ouvido fez meu corpo estremecer. Talvez aquele meu nervosismos era um aviso do perigo. Ana não podia ter feito tal traição!

-O que faz aqui?

-Sua despedida... -percebo seu sorriso calmo. -Achou que outro tocaria em você e lhe deixaria relaxada? Sabe que não permitiria isso?

Tento me soltar e percebo que o que Ana pôs em meus pulsos foram algemas, filha da mãe!

-Não faça isso, não está realmente presa, apenas contida, a meu pedido. -Ele se aproxima novamente de meu ouvido e aquilo me arrepia. -Mas faremos o seguinte acordo, se você concordar. Você deixa eu fazer a massagem e acabamos logo com tudo isso. Se não gostar tudo bem, mas acredito que isso não vai acontecer.

-Convencido! -Digo séria. -Sempre o "senhor de tudo"!

-Ou... - Ele dá uma pausa, segundos depois sinto sua boca se movendo, fazendo um delicado barulho ao lado de meu ouvido. - Posso simplesmente abrir essas algemas e vou embora. Você tem a escolha, mas se optar por essa segunda opção, não vai saber o que poderia ter aproveitado hoje.

Minha respiração descompensa levemente, então tento me controlar.

-Sua resposta Donna?

Não me pronuncio, apenas relaxo ao máximo minha musculatura. O que de pior poderia acontecer? ele me massagearia, talvez eu ficasse excitada, mas já chega disso, terei meu controle, saberei lidar com essa situação, basta eu ter calma. E é isso que ele irá encontrar. Uma mulher forte e com os pés no chão.

Troco o pé de apoio, deixo uma perna flexionada e a outra estendida. Meu abdômen fica tensionado.

-Entendo isso como um sim? -Ele passa o dedo delicadamente por meu ombro, na extensão do meu braço. -Nada farei se não falar!

-Sim. -Digo firme, depois de um tempo.

E então ele retira a mão.

-Você terá de prometer que não irá parar o processo. Que me deixará concluir a massagem, você concorda?

-Sim. -Digo, não sabia o que ele pretendia, então sinto minha Deusa interior vibrando dentro de mim.

Rômulo, muda a música (___________)Ele passa a mão por baixo de meus pés, levanta-os e coloca em um lugar com água, era quente, mas não o suficiente para queimar. Seus dedos acariciam meu pé, passando por meus dedos, indo e voltando. Uma pressão na parte de baixo, são seus polegares, uma pressão moderada, repete o mesmo no outro pé. Sinto que estou tensa com as possibilidades, aquilo era bom, era gostoso seu toque.

Ele toma meu primeiro pé novamente e algo mais áspero desliza entre sua mão e meu pé, ele esfolia delicadamente cada um deles e volta a lavar com aquela água deliciosamente quente. Rômulo seca-os e então percebo seu toque delicado em meus tornozelos, subindo até os joelhos e então algo como um beijo em um deles.

As algemas são afrouxadas, mas não tiradas.

Isso me mostra que ele ainda tem receio que eu o interrompa. Sorrio.

-Esta sorrindo por estar feliz, por achar que está segura no seu mundinho ou talvez por me achar um palhaço?

-Um pouco de cada. -Digo e mantenho o riso.

-Feliz?

-Por não ser aquelas festinhas bestas, apesar que isso aqui tudo é uma grande palhaçada! Então estou rindo de tudo.

-Já teve uma experiência destas?-suas mãos acariciam meus pulsos.

-Massagem? Sim.

-Como era?

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