DONNA

Capítulo 17 - O amanhã Chegou...

DONNA

Acordo, estou nua e dolorida, percebo que estou sozinha, passo a mão em meu lençol e a única coisa que denuncia sua presença ali era o perfume dele.

-Droga! -Tapo meus olhos com meu antibraço e respiro fundo, começo a pensar que me excedi. Quando sento-me em minha cama levantando o lençol vejo um bilhete preso em uma rosa vermelha.

"Aceite meu pedido de desculpas, não consegui me conter e meu instinto masculino gritou mais alto. Mas prometi que só iria te ter novamente quando você quisesse, e ontem me pareceu que você queria.

Terei mais cuidado, também não quis te deixar sozinha quando vi que o vinho tinha te subido a cabeça, poderia ter se afogado na piscina.

Bom é isso... Estarei aqui à noite para te entregar meus documentos para o restante dos tramites legais. Porém, se concordar gostaria de conversar antes, PRECISO entender algumas coisas e só você poderá me explicar.

p.s: Você falou meu nome a noite toda,eu espero ter sido doce com você ontem... Em seus sonhos!

Acredito que ninguém me viu sair.

Rômulo"

- A onde eu vou esconder minha cara agora! Caralho!

-Do que a princesa está falando? -Cátia entra com uma bandeja de café da manhã. -Tem alguma coisa a ver com aquele moreno musculoso que eu vi praticamente nu recolhendo roupas lá em baixo de madrugada?

-Cátia, foi um acidente de percurso... você já esqueceu o que viu, inclusive! -Falo e envolvo-me no lençol e entro no meu closet.

-Não tenho nada que me meter, mas fiquei muito feliz em ver que vocês se acertaram!

-Não nos acertamos, foi uma necessidade.... física! Mais ou menos isso e só.

-Não precisa avisá-lo que eu o vi saindo.

Quando saio do closet, já vestida vejo Cátia com o bilhete que Rômulo me deixou.

-Metida! -Falo e ela sorri.

-Acho que deve aproveitar, converse com ele.

-O quê? Falar o quê?

-Esclareça!

-E perguntar o por que ele me "passou" para o infeliz do Pedro?

-Ou quem sabe perguntar o que houve!

-Cátia, preciso de meu celular., podemos encerrar essa conversa e você me alcançar o aparelho?

-Certo! -Ela levanta as mãos em sinal que entendeu minha posição.

Pego o suco da bandeja e vou tomá-lo perto da janela. Essa noite foi diferente, fui no automático. E foi maravilhoso, ser dele novamente, ter o calor de seu corpo em mim. Não quero entrar em detalhes de ontem, mas queria mais dele... daquele banho.

Olho para seu consultório e está fechado.

-Onde ele estará? -Cátia entra e fica rindo de mim, ela mostra meu celular em sua mão.

-O que está rindo?

-De você! De que mais seria?

-Cátia vá fazer um bolo! Depois comece o almoço e depois ache o que fazer!

-Nada disso! Já são quase três da tarde dorminhoca! Você tem a prova do vestido... então pare de sonhar com esse moreno, coma logo e vamos!

-Três horas? -Pego o meu celular de suas mãos e olho sem acreditar.