23- Torre Carpa (Pt.1)

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A cama de Jin Ling era enorme e fria. A luz da lua inundava o quarto e o adolescente encarava o teto sem conseguir dormir pelo único e simples fato que ele sentia falta dos namorados. Geralmente, ele só conseguia pegar no sono por exaustão e quase próximo do amanhecer.

O garoto já acumulava sua décima noite insone e pensava como seria se pudesse ter os dois ali com ele, apenas para o abraçar e dormir com eles.

Ele se virou para o lado e saiu da cama, indo até a sacada e tomou um susto quando viu SiZhui e JingYi em cima de suas respectivas espadas o olhando.

_Ai cacete... Vocês endoidaram!?

_Fale que não quer a gente aqui que vamos embora seu idiota ingrato. – sugeriu JingYi.

_Pro inferno que vou dizer isso seu filho da puta! – falou Jin Ling o puxando e o beijando.

_Me beijando desse jeito A-Ling, eu perdoo o xingamento e ainda fico aqui com você.

Os três trataram de entrar e Jin Ling fechou a porta que dava pra sacada e SiZhui jogou dois selos na porta antes de puxar Jin Ling pela cintura e o jogar contra a parede, o beijando com intensidade. O garoto não conseguia se mover ao ser segurado por SiZhui. Ele era um absurdo de forte.

_Você ainda vai quebrar a gente assim... – falou Jin Ling sem fôlego quando SiZhui afastou os lábios dos dele.

_Ser criado pelo meu pai Lan dá nisso, força descomunal nos braços devido a exercícios diários de paradas de mãos.

_Ele deve segurar shufu Wei na cama.

_Olha, se ele faz mesmo isso, meu outro pai não reclama não.

_Como conseguiram fugir para cá? – quis saber Jin Ling quando os dois tiraram os robes externos de sua própria seita revelando os pijamas que estavam por baixo.

_SiZhui é óbvio. Ele é um senhor estrategista. Passou esses dias todos observando as rondas noturnas e descobriu o horário de uma brecha.

_E como estamos acostumados a acordar às cinco e o pessoal da sua seita às sete, temos tempo mais que suficiente para voltar para o nosso quarto.

JingYi tirou a parte de cima do pijama e a jogou num canto.

_Aqui faz um calor dos infernos.

_Gusu que é frio demais. – disse Jin Ling estendendo a mão e tocando em algumas cicatrizes finas no peito de JingYi provocando arrepios nele.

O Lan o puxou pela mão e o beijou. Uma mão na nuca e a outra subindo sob o pijama. SiZhui assistia ao beijo mordendo o lábio inferior tentando se controlar mas estava difícil. Ver aqueles dois assim era uma provocação que ele não conseguia suportar mais.

_Merda. – murmurou ele se jogando na cama e olhando para o teto, o que não adiantou muito, pois cada fibra do seu ser insistia que deveria pegar aqueles dois pela mão e os jogar na cama e terminar o que não conseguiu na cachoeira.

_A-Yuan? – falou JingYi.

_Oi?

_Que foi? – quis saber Jin Ling subindo na cama junto com JingYi. Ambos bagunçados, os dois sem a parte de cima do pijama.

Enquanto JingYi tinha músculos discretos nos braços e peito, Jin Ling era esbelto. Os cabelos castanhos dele muito compridos desciam pelos ombros.

JingYi o olhava preocupado. SiZhui colocou o braço sobre os olhos e disse:

_Vocês dois estão me provocando e eu sei que preciso respeitar certos limites. Prefiro não ver.

_Ah, então quer dizer que estamos provocando ele A-Ling.

Família Wei-Lan [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora