capítulo 34

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Sophia

—  Você quer sair daqui? - Enrico sussurra rouco ao meu ouvido, sua respiração quente me causando arrepios. Tudo o que consegui fazer foi concordar com um movimento da cabeça, incapaz de formar palavras.

Saímos daquele ambiente sufocante e barulhento, o silêncio ao redor era uma pausa bem-vinda para o que estava prestes a acontecer. Depois de alguns minutos caminhando, Enrico quebra o silêncio com uma voz grave e baixa.

—  Vamos para o meu apartamento - ele começa, lançando-me um olhar cheio de promessas.

— Na sua casa tem os empregados... Eu quero que a gente realmente fique a sós, sem distrações, sem interrupções. Só nós três.

O olhar de Enrico era intenso, faminto, mas havia também algo possessivo ali, como se ele precisasse deixar claro que, no final, ele me conduzia. Senti Vicente me puxar mais para perto, um toque sutil, mas cheio de intenções, como se quisesse reafirmar sua presença, seu papel nessa dança perigosa e excitante.

Eu já fazia tempo que não entrava naquele apartamento, mas sabia que Enrico o mantinha impecável desde que saiu do coma. Ele sempre foi meticuloso, e a ideia de ter empregados bisbilhotando nossa vida privada o incomodava tanto quanto a mim. Não queria ninguém fazendo especulações desnecessárias sobre o que acontecia a portas fechadas.

Dessa vez, fui no banco de trás com Vicente. Estávamos irremediavelmente excitados, incapazes de nos manter afastados. Nossos corpos se tocavam a cada curva, e a tensão no ar parecia elétrica. Beijos e carícias se tornaram nossa forma de comunicação durante toda a viagem, como se precisássemos sentir cada centímetro um do outro. O desejo pulsava entre nós, e a presença de Enrico só aumentava o fogo.

Mesmo enquanto dirigia, Enrico não conseguia manter as mãos longe de mim. Seus dedos acariciavam minhas pernas, subindo com uma lentidão provocante, provocando arrepios por todo o meu corpo. A maneira como ele me tocava, mesmo dividindo o espaço com Vicente, deixava claro o que estava prestes a acontecer. Havia uma energia crescente entre nós três, um entendimento silencioso de que o desejo reprimido estava prestes a explodir.

Ao entrar no apartamento, Enrico me agarra, sua boca colando-se à minha com uma intensidade avassaladora. O beijo é feroz, como se ele estivesse tentando absorver toda a saudade que acumulamos.

Estava louco para te beijar também! ele solta, ofegante, assim que nossas bocas se separam.

Seus olhos brilhavam com um desejo insaciável, e seu olhar percorreu meu corpo, detendo-se no vestido justo que eu usei, como se fosse uma armadilha feita para provocá-lo.

—  Você colocou esse vestidinho só para perturbar nossas mentes, não foi? - ele provoca, um sorriso travesso se formando em seus lábios.

—   Você não tem noção do perigo de atiçar dois homens. Acha mesmo que vai dar conta disso? Quando isso começar, não iremos parar. Vamos te devorar incansavelmente, com uma intensidade que você nunca imaginou.

Sinto um frio na barriga ao ouvir suas palavras, e a vergonha aperta meu peito. Mas, ao mesmo tempo, uma onda de excitação me invade. Ele sabe exatamente como me tocar, não apenas fisicamente, mas nos pontos mais profundos da minha alma.

— Eu sei que, assim como eu, aquele idiota ali está morto de tesão. Você vai conseguir satisfazer nós dois?
Sua voz é um sussurro, carregada de provocação, enquanto ele lança um olhar significativo na direção de Vicente, que está ali, observando a cena com um sorriso divertido, mas também intenso.

Doce Aluna~Triângulo  De DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora