*Enrico*
Assim que entrei na sala, vi Sophia. Eu sabia que ela estaria ali, mas mesmo preparado, a visão dela me desestabilizou mais do que eu gostaria de admitir. Ela tem essa capacidade de capturar minha atenção como se nada mais importasse. E isso é perigoso, tanto para ela quanto para mim.Meu atraso foi proposital. Precisava de tempo para me recompor depois do encontro no carro. Fiquei pensando nela o caminho todo, na forma como ela mexeu comigo sem sequer tentar. Me odeio por isso. Me odeio por ser atraído por uma aluna, por alguém tão jovem e que eu deveria proteger, não desejar.Mas agora, na sala, com ela tão perto, fica cada vez mais difícil manter essa distância.
Quando peço para ela resolver a equação no quadro, é mais um teste para mim do que para ela. Preciso ver se consigo manter o controle estando tão próximo.Enquanto ela escreve no quadro, fico observando cada detalhe. A maneira como sua mão se move com firmeza, a leve tensão em seus ombros, o brilho de determinação nos olhos. Há algo nela que é irresistível.
E isso me assusta. Não deveria sentir isso.Quando ela termina, dou um sorriso discreto, um sorriso que só ela percebe. Ela volta para o lugar, e a tensão entre nós parece palpável. Respiro fundo, tentando me concentrar na aula, mas é impossível. Só consigo pensar no quanto ela me intriga, no quanto quero saber mais sobre ela, e no quanto isso pode nos levar a caminhos perigosos.A aula continua, mas estou apenas seguindo o script, mal ouvindo minhas próprias palavras. Minha mente está em outra parte, tentando entender o que é isso que sinto. Tento convencer a mim mesmo que é apenas uma atração passageira, algo que posso ignorar, mas não consigo me convencer.
Cada vez que olho para ela, é como se algo dentro de mim se quebrasse um pouco mais.Quando a aula termina, fico um pouco mais na sala, esperando que todos saiam. Preciso desse momento de solidão para recompor meus pensamentos. Sophia é a última a sair, e por um breve segundo, nossos olhares se cruzam novamente. Há algo nos olhos dela que me faz pensar que ela sente o mesmo. Ou talvez seja apenas a minha imaginação, me pregando peças.
Assim que a porta se fecha, solto um suspiro que estava segurando desde o momento em que a vi. Sei que isso está longe de acabar. Sophia já se tornou uma obsessão, e não sei como sair dessa. Tudo o que sei é que preciso manter a distância, por mais que cada fibra do meu ser queira o contrário.
Mas algo me diz que não será tão fácil quanto eu gostaria.
Os dias estavam se tornando um verdadeiro inferno. Cada vez que eu via aquela garota, sentia uma tempestade se formar dentro de mim. Era como se ela tivesse algum tipo de poder sobre mim, algo que nenhuma mulher jamais havia exercido. Isso era uma loucura, eu sabia. Ela era apenas uma jovem, uma menina com toda a vida pela frente... e eu, um homem maduro, deveria saber melhor. Deveria, mas não conseguia. Era impossível ignorar o efeito que Sophia tinha sobre mim, e isso me consumia.
Enquanto estava perdido nesses pensamentos, ouvi uma voz familiar me tirando do transe.
— Você está muito pensativo. Aconteceu algo? — Lúcia perguntou, e só então percebi que ela já estava me observando há algum tempo.
Sacudi a cabeça, tentando afastar as preocupações com Sophia e me concentrar na mulher à minha frente.
— Não é nada, Lúcia. Só estava pensando no trabalho — menti, oferecendo um sorriso que não chegou a iluminar meus olhos.
Lúcia, segurando uma xícara de café, vestia uma camisola lilás que destacava suas curvas. Ela parecia mais descontraída do que o normal, e havia algo em seu olhar que me deixava desconfiado.
— Você não vai trabalhar hoje? — perguntei, tentando parecer casual. Ela respondeu com um sorriso enigmático, aproximando-se de mim.
— Enrico, eu pedi demissão — disse ela, o sorriso cínico nos lábios.
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Doce Aluna~Triângulo De Desejos
RomanceATENÇÃO: CONTEUDO ADULTO🔞,LINGUAGEM CHULA,TRISAL. O professor Enrico, de 37 anos, se apaixona por sua nova aluna, Sophia, de 18 anos. Em meio a circunstâncias delicadas, ele consegue seduzir a jovem, e os dois iniciam um relacionamento. No entanto...