EnricoNão sei há quanto tempo estou no corredor do pronto-socorro esperando alguma notícia. Caminho de um lado para o outro, tentando controlar a angústia que cresce dentro de mim. Cada segundo parece uma eternidade.
Penso em Sophia e no quanto deve ser solitário viver sem ninguém ao seu lado. Agora, ela me tem, e eu não a deixarei sozinha. Não importa o que aconteça, vou estar ao seu lado, mesmo que ela não queira. É evidente que ela precisa de alguém que cuide e a proteja, e eu sinto uma necessidade profunda de estar lá para ela.
Finalmente, vejo um médico se aproximar, carregando uma prancheta. Seu olhar é profissional, mas há uma preocupação nítida em seus olhos.
— Você é algum parente da jovem Sophia? — Ele pergunta, me analisando dos pés à cabeça. Só então me dou conta de que estou todo sujo de sangue e sem camisa. Que merda!
— Eu sou o professor dela. Estava passando na mesma rua quando o ocorrido aconteceu.
Ele me olha com uma expressão de confusão, como se a história não fizesse sentido.
— Então, digamos que foi uma grande sorte você ter aparecido para salvar a moça.
Na verdade, foi ela quem me salvou. Se não fosse por ela, eu teria me perdido novamente. Não acredito em destino, mas o fato de que ambos estávamos lá me faz questionar. Penso em dizer isso, mas decido que é melhor ficar calado.
— A hemorragia foi contida, mas algo chamou nossa atenção.
Olho para ele, esperando que continue.
— Ela já deve ter sofrido um grande trauma. Precisamos retirar uma parte do intestino, e a facada perfurou o intestino novamente, causando um vazamento de dejetos. Estamos temendo uma infecção. Se isso ocorrer, teremos que retirar a área afetada, e isso pode comprometer a saúde dela para o resto da vida. Mas já estamos administrando o melhor antibiótico. Agora é só esperar.
— Faça tudo o que for preciso para evitar uma infecção, doutor — peço, a voz carregada de tensão.
Ele apenas acena com a cabeça e se afasta.
Sento em uma poltrona na sala de espera, o peso da ansiedade me esmagando. Olho para o relógio e vejo que o dia está prestes a amanhecer. As horas passaram tão rapidamente que nem percebi. Merda! Eu esqueci completamente que estava sem camisa. Preciso ir para casa tomar um banho e voltar. Saio do hospital, ciente de que todos me observam. Não é todo dia que se vê um homem andando sem camisa pelo pátio de um hospital. Entro no meu carro, sentindo a frieza da realidade. Dirijo para casa, meu coração batendo forte a cada instante.
Ao abrir a porta do meu apartamento, entro em silêncio, pedindo mentalmente para não encontrar Lúcia. Mas, claro, isso seria impossível, morando na mesma casa.
— Finalmente chegou, drogado! — Lúcia espia de maneira venenosa.
— Você matou alguém? — Ela pergunta, notando meu estado deplorável.
— Não matei ninguém, mas mataria se você não me deixasse em paz.
Minha voz é ríspida e carregada de frustração.
— Está vendo, Enrico? Você é terrível, um grosso e arrogante. As pessoas deveriam saber quem você é por trás dessa máscara de bonzinho que usa para todos, mas nós sabemos a verdade. Você é uma pessoa horrível e nunca vai mudar.
Ela é sempre assim, se fazendo de vítima e tentando me fazer sentir um lixo. Respiro fundo para me controlar, minha raiva se misturando com a tristeza.
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Doce Aluna~Triângulo De Desejos
RomanceATENÇÃO: CONTEUDO ADULTO🔞,LINGUAGEM CHULA,TRISAL. O professor Enrico, de 37 anos, se apaixona por sua nova aluna, Sophia, de 18 anos. Em meio a circunstâncias delicadas, ele consegue seduzir a jovem, e os dois iniciam um relacionamento. No entanto...