capítulo 35

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ENRICO

Acordo sentindo um corpo aninhado ao meu. Abro os olhos e vejo que é Sophia. As lembranças da noite anterior vêm à tona. Ao lado dela está Vicente, abraçando-a por trás, enquanto sua cabeça repousa em cima do meu braço. Ele a envolve com seus braços, e seu rosto está entre os cabelos dela. A cena é estranha, mas, curiosamente, não me incomoda a presença de outro homem na mesma cama.

Penso em tudo que aconteceu ontem, movidos pelo prazer e o álcool. Sim, o álcool nos ajudou a chegar até aqui. Não estou arrependido, apesar de ter bebido. Eu sabia o que estava fazendo. Foi bom? Foi. Mas não nego que me sinto incomodado. Tenho ciúmes dela. Compartilhá-la não é fácil. Não se trata apenas da porra da boceta, é sobre o amor. Mesmo sabendo que já é tarde demais, pois estamos nesse relacionamento e já aproveitamos isso, o ciúme ainda pesa. Sempre gostei de sexo sacana. Quando mais jovem, adorava frequentar festinhas de orgia, e dividir mulheres com outros homens era comum. Eu sabia como funcionava. Mas Sophia não é qualquer mulher. Ela é a minha mulher.

O corpo quente e macio se move ao meu lado. Vicente tenta puxá-la para si, e vejo um sorriso surgir nos lábios dela. Parece um anjo... mas esse anjo está mais para uma diabinha, e muito quente. Ela está gostando da carícia, seja lá o que Vicente esteja fazendo em suas costas. Observo seu rosto. Os olhos ainda estão fechados, mas suas bochechas estão coradas. A diabinha ousada escorrega a mão pela minha barriga, adentrando o lençol que me cobre da cintura para baixo. Ela aperta meu pau de leve, que já estava duro desde que acordei. Com suas carícias, ele fica ainda mais rígido. Beijo o topo da cabeça dela e interrompo sua mão. Ela abre os olhos e me encara, confusa.

- Vou tomar um banho - digo, seco.

Ela apenas sorri levemente.

Estou fugindo, mas não porque não a quero, mas porque preciso de um tempo para colocar meus pensamentos em ordem. Vicente a puxa para si quando me levanto da cama. Ligo o chuveiro, e a água morna é uma massagem gostosa nos músculos. Ouço risadas vindas do quarto, seguidas dos gemidos de Sophia. "Safados", penso. Mal saio do quarto e Vicente já está comendo ela.

Termino meu banho e, quando saio, vejo Vicente entre as pernas de Sophia. Ela se contorce enquanto ele a chupa, e meu pau lateja ao ver aquilo. Presencio o exato momento em que ela goza, e é lindo de se ver. Porra, que mulher linda.

Vicente termina e, ao me perceber, não diz nada. Apenas beija os lábios dela e se levanta, indo para o banheiro. Sophia se assusta ao me ver, mas logo sorri. Aquele sorriso doce, o mais lindo que já vi. Seu rosto está radiante, satisfeita. Ela está ainda mais linda que na noite anterior, sua pele brilhando.

Porra, ela gostou de ser compartilhada.

Desde a primeira vez que a vi, eu sabia que ela não era comum. O destino é mesmo estranho. Sentir ciúmes de Vicente é besteira, sofrimento desnecessário. O que realmente me causa ciúmes é a ideia de ela estar com alguém que não seja eu ou Vicente. Sim, ela é nossa. Não somos inimigos, somos aliados. É bom saber que há outro homem para amá-la e cuidar dela do jeito que ela merece. E, claro, manter os outros homens bem longe. Essa menina já tem homens suficientes. Não precisa de mais.

Sophia

Quando acordei, todas as lembranças daquela noite intensa voltaram à mente. Minha cabeça pesava um pouco por causa do excesso de vinho. Eu realmente tinha feito tudo isso ou foi um sonho? Lógico que não foi um sonho; eu estava com os dois na cama, um de cada lado.

Foi tudo tão intenso, o sabor do pecado estava impregnado em mim. Eu já estava mudada; um romance normal não me satisfaria mais. Enrico me olhava de uma forma intensa, mas, por algum motivo, ele estava se afastando de mim. Quando o toquei, percebi que ele estava pensando sobre o que aconteceu. Isso me deixa triste; não quero que nenhum dos dois se arrependa.

Doce Aluna~Triângulo  De DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora