Joe me levou pra casa, ficou um pouco lá comigo e depois foi embora, decido começar a arrumar minhas coisas, preciso começar logo, já estou atrasada, daqui 20 dias estou mudando de país por tempo indeterminado e ainda não fiz nada.
Pego duas malas grandes e abro elas em cima da cama, quando faço isso, alguém bate na porta, peço para entrar, sem olhar.
- tá ocupada? - George entra no meu quarto, nego a cabeça, abro as portas do meu armário e começo a separar as roupas - fiquei sabendo de ontem... Você está bem? - ele senta na minha cama, ao lado das malas.
- Quem te contou? - pergunto mas já imaginava quem seria
- Joseph... - ele diz e coça a nuca - mas não fica brava com ele, eu insisti bastante, ele esta com o olho roxo, boca cortada... Achei que ele e o Joe tinham brigado.
- Não estou brava, só não precisava ter te contado... - George me interrompe
- Porque não? ainda bem que eles estavam lá. - solto um sorrisinho
- Eu estou bem, não precisa se preocupar, foi mais o susto da hora mesmo - assim que digo, ele me abraça e beija minha cabeça.
- Vamos todos sentir muito a sua falta, você sabia, né? - afirmo com a cabeça rindo e ele me acompanha - alguns muito mais que outros... - ele começa e eu saio do seu abraço
- Joseph está sendo um babaca - digo e cruzo meus braços
- Eu sei, você estando aqui ainda ele já está assim, imagina quando for embora, ele vai ficar insuportável! - eu dou risada
- azar o de vocês, eu vou estar longe daqui... Você e o David estão convidados a me visitar, Joe também, agora o Joseph, nem pensar! Desse jeito que ele está... - digo e George solta uma gargalhada.
- se ele escutar isso, com certeza vai surtar... - quando George diz isso, Joseph entra no quarto com tudo.
- Com certeza eu vou! - ele diz furioso - George me da licença, preciso conversar com sua irmã - seu olhar está somente em mim, ele não desvia nem por um segundo, George me olha e eu afirmo, ele sai do meu quarto e fecha a porta.
- O que você quer, Joseph? - pergunto e ele revira os olhos
- O que você quer de mim?
- Nada, Joseph, agora, nada mesmo - digo e volto a arrumar minhas coisas, virando de costas pra ele
- Depois de tudo o que a gente passou, depois de tudo... você faz isso? Vai para outro pais como se não fosse deixar nada para trás e agora nem te visitar eu posso? - ele pergunta incrédulo
- Joseph, eu estando aqui, você não da a mínima pra mim. Eu estou sendo realista, daqui um mês você não vai se lembrar mais de mim. Pra que vai querer me visitar? Para me fazer sentir culpada de deixar você e falar o quanto isso está me machucando?
- Te machucando? Você só pode estar brincando comigo! - ele ri sarcástico.
- O que? Eu estou te machucando? Sou eu que fico atrás de outras pessoas quando estamos no mesmo lugar? - Ele chega perto de mim com os olhos cerrados.
- Você tem razão, na verdade... Porque vou querer você, se tenho varias aqui que estão no meu pé - ele diz, bem próximo de mim e sinto uma fisgada no meu peito, essa doeu.
- Você é ridículo, Joseph! - digo e empurro seu peito pra longe de mim - Sai de perto de mim! - digo e volto a arrumar minhas coisas.
- Você fala as coisas e depois não quer escutar? - ele pega uma foto nossa que estava na minha cabeceira, olha pra ela e olha pra mim.
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Love and Hate
RomanceSabemos que a adolescência muitas vezes pode ser delicada, mas se tiver a pessoa certa do seu lado, digamos que será mais fácil. Ou foi isso que imaginamos... Nunca saberemos quando o ódio pode virar amor ou quando o amor poderá virar ódio, preste...