Ninguém está sozinho, parte II.

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Bessie

FLASHBACK

Pequenos eventos não são o forte de Bree Young, qualquer anúncio que venha dela precisa ser grandioso para honrar o sobrenome que carrega. Talvez por essa razão Bree tenha reservado o maior e o melhor restaurante de Nova Iorque por uma noite, não consigo imaginar a fortuna que ela precisou soltar para o dono do lugar remarcar todos os jantares reservados só para atender a famosa Srta. Young. Tenho certeza de que além da boa grana que o dono vai receber por isso, o nome do restaurante vai estampar todas as capas de revistas e telas de TV no dia seguinte.

Com a mão na lombar da minha esposa, entramos no restaurante cumprimentando alguns conhecidos. Vejo alguns homens olharem para Reagan fascinados, o que me enche de orgulho por ser quem está ao lado dela, e não eles. Avisto Serena Redfield em um longo vestido prateado, me recuso a elogiá-la quando a vejo, pois pela cara de Bree Young ao lado dela, creio que muitos já fizeram isso.

"Lembre-me da próxima vez em lhe convidar para um evento com duas horas de antecedência, Sra. Lotrov", Bree diz no mau humor de sempre. Ela vira a taça de champanhe de vez na boca e a coloca sobre a bandeja vazia de um garçom que passa por nós. "Irei me certificar de que da próxima vez você chegue junto com os funcionários."

"Esse mau humor é pelo meu atraso ou porque a Nina está tão linda que ninguém consegue tirar os olhos dela?", alfineto e Reagan me dá uma cotovelada na costela. "É uma surpresa que você ainda não tenha feito xixi na perna dela para marcar território."

Serena Redfield dá uma risada que chama a atenção de alguns convidados, Reagan a acompanha e eu levanto uma sobrancelha quando os olhos azuis e mortais da empresária fixam em meu rosto.

"Sugiro que controle a sua língua", Bree avisa.

Sem conseguir me conter, abro um sorriso. Provocar Bree Young até que ela decida se casar com Serena é uma das minhas metas a se fazer antes de morrer pelo tumor. "A minha esposa prefere ela solta."

"Bessie!", Reagan me dá outra cotovelada e solto um risinho.

Um outro garçom passa por nós e Reagan pega uma taça de champanhe, mas quando ela vai levá-la a boca, seguro a mão dela. "Vou ao banheiro. Não exagere na bebida, quero você lúcida quando chegarmos em casa."

Minhas palavras parecem deixá-la divertida, pois Reagan toma um gole da bebida e traz a boca até a minha orelha. "Como se eu fosse dormir essa noite sem rasgar o seu vestido."

"Então vai gostar de saber que não estou usando calcinha."

"Ótimo, adoro uma presa fácil", ela provoca.

Alucinada, desconcertada e incrédula, essas são as três palavras que mais definem a minha vida sexual com a minha esposa. Reagan me olha. Eu retribuo o olhar, e então ela faz a única coisa que sabe que desmonta todo o meu eu interior: ela sorri.

Meu Deus, que delícia de sorriso!

Como a idiota que sou, solto um suspiro e lhe dou um beijo no rosto antes de sair a procura do banheiro. Para o meu azar e espanto, vejo Lucca Devito numa mesa conversando com outros convidados de Bree. É claro que ele me vê também, eu nunca passo despercebida por esse homem, parece até carma. Estou prestes a me dirigir para o banheiro, mas uma mão segura o meu braço e me impede. Lucca está usando um terno preto, antigamente, quando eu era apenas a prostituta dele, eu adorava quando ele usava essa cor ao invés do cinza ao qual tanto adora, mas não por segundas intenções, apenas porque foi com um terno dessa cor que o conheci.

"Parabéns. Você conseguiu o que tanto queria, assumir a minha posição na empresa de Bree Young. Ela já te fez assinar o contrato?", ele pergunta despreocupadamente, fingindo que não está nem um pouco magoado com o fato de Bree ter o demitido e me colocado como advogada oficial dela e das suas empresas.

Internato Lewis (Spin-off de L.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora