Capítulo 68

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UMA SEMANA DEPOIS

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UMA SEMANA DEPOIS

Raul me acompanhava em todas as consultas e, para falar a verdade, essa era a única coisa relacionada à gravidez com a qual eu ainda não estava acostumada.

Os meus enjoos continuavam marcando presença nas minhas manhãs e não havia nada que os fizesse parar, nem mesmo as receitas de Dona Madá ou Gilda. De maneira que o médico me encaminhou para fazer um ultrassom, dentre alguns outros exames.

Eu não havia feito nenhum ultrassom ainda, mas, devido ao fato de nenhuma comida estar parando no meu estômago, foi preciso adiantar o momento de fazê-lo.

— Bom dia! — a médica radiologista nos cumprimentou assim que entramos na sala.

— Bom dia — respondi por mim e por Raul, que se limitou a um sorriso tenso quando a Dra. Ariadne cumprimentou cada um de nós com um aperto de mão.

— Pode deitar aqui, Lorena. — A médica me indicou a maca, onde me deitei sem estranheza. — Estou vendo aqui que você está com 9 semanas... Primeiro filho?

— Não — respondi, rindo, e olhei de relance para Raul, que estava ao meu lado segurando minha bolsa como se fosse uma granada. Então completei, voltando meu olhar para a médica, que preparava o equipamento: — É o quarto.

— O quê?!

— Acredite.

— Menina, mas... Bom, então o geladinho desse gel não vai ser novidade para você.

— Não.

Rimos juntas e olhamos para Raul, que continuava imóvel. Ele havia ficado extremamente preocupado com o pedido de exame, achando que isso já era um sinal ruim. E não adiantava quantas vezes eu o explicasse, ele nunca se acalmava.

— Baseado na minha experiência, ele é o marinheiro de primeira viagem — comentou a médica com um humor que me agradava.

— Sim, ele é — afirmei, voltando meu olhar para Raul.

— Não precisa ficar preocupado... — Dra. Ariadne deteve as palavras e perguntou: — Qual é o seu nome?

— Raul — ele respondeu e pressionou os lábios logo em seguida, o que formou covinhas em suas bochechas.

— Pois bem, Raul — a médica continuou. — Não precisa ficar preocupado, porque ninguém sai com notícia ruim da minha sala.

Raul sorriu, ainda tenso, e me olhou de relance, enquanto a Dra. Ariadne iniciava o exame.

— Olha só! Dêem uma olhada. — A médica virou o monitor em nossa direção, mas eu olhei para Raul antes de olhar para as imagens, ele parecia deslumbrado com elas.

— O que é isso daqui? — Antes que a Dra. Ariadne dissesse qualquer coisa, Raul apontou para o monitor, tão curioso quanto uma criança.

— Isso daqui são os bracinhos.

O Malabarista - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora