Chamada de Voz, 03:00 da manhã.
— O que aconteceu com Lia, Mary? - Lucas havia se levantado do chão.
— Ela teve febre durante a tarde, e agora a noite ela reclamou de dor, trouxe a aqui no hospital.
— E tá tudo bem? - Uma pergunta meio irônica.
— Talvez você precise voltar para os Estados Unidos - Quando ia abrir a boca para falar algo, Mary completa— Eu sei que você está em trabalho Emmy, porém o médico fez um raio-x na Lia e viu que ela está com uma mancha no pulmão.
Ao escutar aquilo, encosto minha cabeça na parede e fecho os olhos, sem ter o que dizer.
Silêncio.
— E agora? Como Lia está?
— Dormindo, ela está em observação e deve ter alta amanhã.
— Certo, tentarei conversar com meu chefe, obrigado Mary.
Desligo o celular.
— Parece preocupada, tá tudo bem? - Lucas me pergunta
Por um milésimo de segundos, havia me esquecido que ele estava aqui.
— Não sei exatamente - Dou um sorriso de lado — Minha cabeça está estourando, e meu estômago revirando.
— Acho melhor você ir dormir, eu te guio.
— Não é preciso - Tento o dispensar.
— Você nem sabe o quarto que você estava - O percebo chegar perto de mim, em passos lentos.
— Não era aquele ali - Aponto em um tentativa falha de não passar mais vergonha (já estava ficando chato)
— Aquele é o meu - Ele sorri, ao chegar perto de mim, nos faltando apenas alguns milímetros de distância, sinto suas mãos quentes em minha cintura. Ele me coloca em sua frente, fazendo eu fitar seus olhos.
— O que a Mary queria? Parece preocupada e talvez até mesmo menos bebada - Ele me pergunta. Sinto sua respiração em meu rosto, me fazendo perder totalmente em pensamentos.
Solto um suspiro, meu corpo todo fica tenso.
— Já que tanto pede, poderia por favor me ajudar a entrar no meu quarto? - O encaro nos olhos, ele não diz nada.
— Eu preciso conversar com você, mas desse estado - Me afasto dele, sua mão que já não estava na minha cintura a algum tempo, não havia me impedido de me afastar — Não será possível, apenas banho - Ele chega mais perto de mim, colocando dessa vez suas mãos em minhas costas, ele vira meu corpo e me ajuda.
Quando estávamos a frente de uma porta, o vejo retirar o cartão do quarto de seu bolso e destrancar a porta.
— Como tem o cartão do meu quarto? - Pergunto a ele confuso.
— Não tenho, é o do meu.
— E pra que estou no seu quarto?
Ele não diz nada, apenas me ajuda a entrar para dentro.
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Ao ver uma cama (que nem ao menos pude reparar o estado) me jogo nela e fico parada, com a barriga para baixo.
— Bem, obrigado Lucas - Levanto a cabeça para o encarar, já que ele estava no pé da cama — Te mando um e-mail, só seja gentil - Falo brincalhona com ele.
— Se levanta da cama, e vá tomar um banho - Ele estica sua mão para eu me levantasse, o faço — Na próxima, espero que ao menos escute seu chefe, e não beba em trabalho.
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Sr. Rossi - Voltara para a plataforma dia 23/06
RomanceEmmy Barone, uma italiana de 25 anos que se muda para Nova York para recomeçar sua vida. Sua infância não foi nada fácil, com a morte de seu pai e uma mãe usuária, Emmy teve que se submeter a morar com sua tia paterna, as duas ao recorrer dos anos c...