Sr. Rossi - Voltara para a plataforma dia 23/06

XXI

Voltando para casa olhando a janela com as paisagens. As memórias do dia anterior venho a minha mente, as conversas que trocávamos lá. O beijo teria sido um dos melhores em toda a minha vida, não podia acreditar que eu havia beijado meu chefe babaca e GOSTADO.

Me lembro também dele ter cuidado de mim bêbada, eu não deveria ter bebido, me arrependia por isso. Encosto minha testa no vidro do jatinho.

Será que quando ele voltasse para Nova York, ele continuaria assim comigo? Ou ficaria pior?

Inclino um pouco o banco para trás e me ajeito, para ver se eu ao menos conseguiria dormir, ainda havia muitas horas de viagem.

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— Obrigado - Falo ao taxista quando ele pega minhas malas no porta mala.

Ele apenas acena e entra dentro do carro, dando partida.

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Pego a chave que estava em minha bolsa e destranco o apartamento. Está escuro e silencioso, elas provavelmente devem estar na casa de Mary.

Coloco as malas em um canto da sala e a primeira coisa que faço é me jogar do sofá, sem ligar com o jeito desajeitado que eu tava.

Meu celular toca.

— Não vou atender - Vem um pensamento — E se for Mary? - Me levanto para pega-ló.

— Aa - Falo ao ver o nome do meu chefe brilhar na tela.

— Não vou atender - Me deito novamente do sofá, trazendo o celular comigo.

Ele para de tocar.

Mas começa mais uma vez.

— Aí que merda - Levanto o celular e vejo o nome de Mary, me sento no sofá.

Ligação on

— Emmy, está tudo bem? Você já chegou?

— Estou bem sim, cheguei a poucos minutos, onde vocês estão?

— Estamos na minha casa, daqui a pouco chegamos aí.

— Ei mamãe, você já chegou? - Ela grita no fundo.

— Já sim - Dou um sorriso largo.

— Já estamos chegando Emmy - Mary diz.

Ligação off

Não passou muitos minutos quando a porta é aberta e uma pequena Lia sorridente vem até mim.

— Mamãe - Ela vem até mim gritando.

— Oi meu amor - A abraço — Que saudades - A pego no colo e a encho de beijos.

Ela solta uma gargalhada.

— Eu tava com mais - Aperta meu pescoço forte.

Vejo Mary na porta e sorrio para ela.

— Vou te dar um abraço também - Corro até ela, que ri.

— Não irei mentir, senti saudades também - Ela me abraça.

Família

Esses são momentos em que nenhum centavo paga.

Ela bate no meu braço, a encaro confusa por aquilo.

— Me conta tudo viu - Desço Lia do colo.

— Conta o que? - Faço de desentendida.

— Não faça essa cara, sei que você tem muito para me contar - Não consigo segurar o sorriso.