Sr. Rossi - Voltara para a plataforma dia 23/06

XXXI

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O Sr. Sumido finalmente tinha dado às caras na empresa e neste exato momento, ele estava com uma das suas pernas sobre minha mesa, enquanto me olhava sair do elevador. Me sento na cadeira fingindo que ele nem estava ali.

Eu tinha direito de ficar irritada com ele? Sim! Porque durante todo esse tempo, quem foi a trouxa que pensou que levou um pé na bunda foi eu. Além das varias reclamações de outros CEOS que eu tive que aguentar.

Ele fica de frente à minha mesa colocando suas duas mãos sobre ela. Acabo por encarar suas mãos me lembrando do que as mesmas haviam feito comigo a algum tempo atrás, um arrepio me atinge e tento me concentrar no que deveria ser feito.

— Se for para me demitir, diga logo - Falo ao colocar meus olhos no computador, o ligando.

— Não é sobre isso Emmy, vim apenas conversar do que vem acontecendo ultimamente.

— Sobre você ter saído e não ter me falado nada? Você sabe o quanto aqueles velhos me encheram o saco querendo sabendo do seu paradeiro? "Querido, nem eu sei" — Digo a última frase com um tom debochado.

— Emmy - Ele diz com uma voz me repreendendo, eu o olho.

— E menti? - Pergunto.

— Eu quero saber quem é a pessoa que está te mandando mensagem, te perseguindo - Sua pergunta faz com que eu paralise meu olhar.

— Que mensagens? - Finjo não saber o que ele se referia, olho lentamente para seu rosto.

— Emmy Barone, por favor - Levanto uma sobrancelha ao perceber que ele começava a se irritar. — Gael disse que você saiu correndo no meio da rua como se estivesse sendo perseguida e outro dia simplesmente tacou seu celular contra a parede.

Eu não digo nada.

— Tudo bem, eu tentarei descobrir sozinho - Ele pega algo em uma sacola e me entrega — Espero que goste - E sai me deixando de boca aberta com seu presente, era um celular novinho ainda lacrado. Pego a caixa nas mãos ainda sem acreditar no que eu havia recebido.

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— Preciso de você aqui agora - Diz Lucas no telefone.

— Daqui 20 minutos apareço aí.

— Eu disse agora - E desliga.

Reviro os olhos e caminho até sua sala bufando, abro a porta de uma forma meio brusca.

— Sim senhor, o que deseja - Forço um sorriso.

— Podemos conversa com calma? - Ele se levanta da sua cadeira e caminha até mim. Meu coração palpitava algumas vezes errado, não tinha como ficar brava com esse homem. Ele me olha de cima abaixo, me fazendo perder qualquer sentido que eu tenha.

Ele estava do mesmo jeito que sempre vem, porém parece que cada dia ele vem para acabar comigo toda. Apenas com sua camisa social que estava dobrada até o cotovelo, marcando bem seus músculos, eu lambo meus lábios que já estavam secos.

— Do que precisa - Tento focar apenas em seus olhos. Mantenho uma pose de mulher durona para que ele não me ganhe fácil.

— Eu senti sua falta - Pronto, apenas isso faz com que eu relaxe todos os meus ombros e queira ficar de quatro para ele agora.

— E por que sumiu? - Me atrevo a perguntar.

— Precisava resolver alguns assuntos pessoais.

— E que assuntos são esses - Ele chega um pouco mais perto, o que me faz ter que levantar a cabeça  um pouco mais.