Não é como se fosse um problema, Chrollo

O chefe

Continuei trabalhando ao longo dos meses seguintes.
Gon e Killua me disseram que estavam treinando e ganhando um dinheiro na Torre Celestial, então decidi e ir até eles e acabei encontrando Hisoka novamente. O mais velho sempre queria repetir a dose daquela noite, mas eu não era do tipo que ficava com alguém mais de uma vez, até porque, tenho meus motivos.
Nós costumávamos sair para beber e até fizemos uma missão boba juntos, mas não ficamos novamente e nem iriamos.
Os meninos estavam cada dia mais fortes, um homem com cara de nerd estava ensinando os princípios do nen para eles e eu achei uma gracinha vê-los treinando. Ensinei algumas coisas básicas, mas preferia não estar tão próxima para que ninguém machucasse eles, enquanto eu não estivesse por perto.

Kurapika virou um grande amigo, ele estava cada vez mais forte e desenvolvendo seu poder. Eu não perguntava sobre o passado dele e ele não perguntava sobre o meu, e isso fazia com que déssemos muito certo. A única coisa que o loiro sabia é que Illumi havia me feito um mal enorme no passado.
Fizemos algumas missões juntos para ganhar um dinheiro e eu sempre indicava ele para trabalhos maiores a cada mês, então estava orgulhosa de ver o quanto ele cresceu rápido. Chegava a ser surpreendente.

Leorio era legal, mas não posso dizer que éramos amigos, acredito que apenas colegas e não o via desde o exame hunter.

Um dos meus únicos amigos, além de Raijin, era Feitan. Um baixinho invocado, mas que sabia ser um amor comigo quando queria. O rapaz era da famosa Trupe Fantasma, mas não costumávamos falar muito sobre o assunto. A única coisa que ele sempre falava era como o chefe deles era uma pessoa inspiradora e eu achava engraçado, pois o moreno nunca falava assim de ninguém. Nossa personalidade era bem parecida, eu só costumava ser um pouco mais simpática com as pessoas que eu queria algo em troca.
Alguns meses após o exame hunter, Feitan me liga enquanto estou cumprindo uma missão no exterior.

-s/n?

-oi, amor. Como você está?
-ele odeia quando o chamo assim-

-bem.

-o que você quer? -ri com as poucas palavras dele-

-tenho uma missão pra você.

-quer me contar mais sobre?

-me encontre no lugar de sempre, daqui 3 dias.

-ok

Ele desligou. Terminei minha missão e fui de encontro ao nosso lugar de sempre, um cemitério que ele dizia ter uma vibe boa.

- E ai

-Cadê meu abraço? Nem parece que é meu amigo. -ele revirou os olhos, mas cedeu e me abraçou-

-Bom, é o seguinte. Vai rolar um leilão e meu chefe precisa de alguém que tenha contatos e não seja suspeita para acompanha-lo.

-uhhh, vou conhecer seu chefe? E a grande Trupe Fantasma precisa da ajuda de uma assassina?

-Basicamente.

-Tá bom. Quando começo?

-Amanhã a noite, nos encontre nesse endereço. -me entregou um papel-

- Quer tomar algo? -perguntei sorrindo-

-Vamos.

Fomos até um bar que tinha por ali, ele era escuro e não haviam muitas pessoas. Bebemos por algumas horas e conversamos sobre os últimos acontecimentos. Contei para ele sobre os meninos e que eu estava empolgada com o crescimento rápido deles, ele mal se importou com a história, mas eu adorava ter alguém como ele para conversar.
Enfim nos despedimos e eu fui para um hotel, tomei um banho e me deitei para descansar.