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Thais e Arthur comiam desesperadamente o café da manhã e Sarah se perguntou quando foi que eles tiveram uma refeição pela última vez. Ela os observou, sentados em sua cozinha, enfiando ovos mexidos em suas bocas como se eles estivessem vagado pelo deserto e, finalmente, encontrado um oásis.

"Meu Deus, isso está tão bom." Arthur disse entre mordidas. "O que você colocou nisso?"

"Ovos." Sarah disse, categoricamente. Ela os observou por mais um momento. "Perdão, vocês passaram a última semana na selva?

Thais engoliu metade do copo de suco de laranja antes de responder. "Nós, uh, tivemos uma longa noite."

"Nós estávamos conversando." disse Arthur.

"Conversando." Thais ecoou rapidamente.

"Certo." Sarah podia ver todas as aspas em torno da palavra 'conversando', ela sorriu de qualquer maneira. Ela encostou-se ao balcão que os separava.

"Então." disse Thais. "Por que você nos chamou? Tenho certeza que não foi só pra gente tomar café da manhã."

Sarah pigarreou. "Estou planejando dizer a verdade pra Juliette. Hoje."

Eles pararam de comer de forma abrupta.

Arthur fez uma careta. "Você tem certeza que isso é uma boa ideia?"

"Por que não seria?"

Ele largou seu garfo e olhou para ela, seus olhos verdes expressando preocupação. "Porque o que a impede de liberar todos aqueles e-mails para a imprensa?"

Sarah quase suspirou. "Ela não faria isso."

"Você não tem como ter certeza disso."

"Eu tenho certeza que ela não faria." Sarah insistiu, porque ela sabia que era verdade. Juliette nunca se rebaixaria dessa forma.

"Talvez você devesse a fazer assinar um contrato de não-divulgação antes de dizer a ela." Isso veio de Thais.

Sarah não esperava isso. Os meses de provocações deles só a tinham preparado para mais provocações. "Vocês estão me zoando?"

"Você me fez assinar um." Thais afirmou.

Então Sarah suspirou. Ela ficou séria. "Olha, eu vou dizer a ela. Hoje. Eu quero que essa mentira acabe. E eu preciso que vocês estejam de acordo com isso para eu me preparar melhor psicologicamente."

Eles trocaram olhares preocupados, mas finalmente concordaram. "Como você planeja dizer a ela?" Arthur pegou o garfo novamente e Sarah relaxou.

"Bem," Sarah começou "Eu não tenho ideia. É por isso que vocês estão aqui. Vocês podem me ajudar a ensaiar."

"Ensaiar." Thais repetiu, parecendo em dúvida. "Não deveria ser um pouco mais natural? Não deveria vir do coração?"

"Sim, se eu quiser desmoronar completamente na frente dela."

"Ok." Arthur disse: "Que tal... você a beijar? Ela vai ficar tão assustada que quando você disser 'e aproveitando: eu sou, na verdade, Sarah' ela vai estar muito distraída pra notar."

Sarah resistiu à vontade de dar um tapa na cabeça dele. "Por que eu simplesmente não conto tudo a ela rapidamente?"

"Isso pode funcionar também."

Sarah se virou para Thais. "Alguma ideia?"

"Você poderia simplesmente enviar um e-mail pra ela."

Sarah tinha pensado nisso. "Mas então eu corro o risco dela não acreditar em mim."

The blind side of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora