intitulável

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e por quantas vezes ao dia
vôo com tudo para cima do celular
o ligo com dedos ansiosos
o coração tolo em esperar por uma
notificação sua, qualquer uma
até a mais simplista das sílabas ou uma
minúscula frase sem a
menor coesão nem coerência
qualquer palavra que te pertença
sedenta por migalhas de letras
mas o wallpaper aparece sozinho na tela
tão vazio quanto o chat das
nossas conversas onde os assuntos
antes intermináveis agora
se encerram com um seco não
e sim ou com um ponto final para
algo que eu disse e você fingiu concordar
ou não ter mais nada a dizer para
encerrar de vez o que
não podemos nem
mesmo chamar de diálogo
e é quando não acho rastro nem
qualquer sinal de vida que
eu percebo que estava
prendendo a respiração e
torcendo os lábios á espera de
alguém que não vem
num almejo pueril e irracional de que
você responda ao meu
silêncio com qualquer outra
coisa que não seja
o seu silêncio
também

- digitando...