você
fez da minha vida
um infernoafogou
minhas vísceras
em álcool,
transbordou gasolina
das minhas
entranhas.embebedou
meu espírito até
eu vomitar
toda a minha
essênciacercou
minha alma com
lenha
&
ateou fogovocê
me assistiu
agonizar
até a morte- por quê?!
eu
gritava- por quê?!
você
nada respondeuvocê
era o assassino,
mas
a bruxa era
eu.cremei
lentamente
&
nenhuma
lágrima sua veio
em minha
defesaagora
tudo em mimarde
&
flameja
&
queimaagora
estou em chamashá fogo
em meu coração,
nas pupilas
e na palma das
mãos.agora
incendeioressurgi das
cinzas
&
voei
mais alto do que
qualquer
outro demônio
toque-me
&
sinta,
eu também sei
incinerar.você
me matou,
quase
me matou,
mas eu
ainda respiro
&
não existe fogo
sem
oxigênio.- fênix
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intitulável
PoetryA coragem de admitir não saber titular a própria história, e a ousadia de se declarar intitulável.