18- Um passo para a terra I

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*AVISO DE GATILHO!!!!!!!!!!!!!!!! Nesse capitulo talvez vocês possam se incomodar com situações transfobicas, apesar de ser uma menção a causa(não aguentaria colocar coisas pesadas sobre isso), ainda podem acabar causando desconforto em um trecho. Então se quiserem e acharem melhor, pulem a parte que o personagem ''Hazel'' vai ser mencionado.* 


Uma manhã completamente indecente. Aquele céu azul e lindo dos filmes mais românticos? esqueça. Coloque um céu escuro e repleto de nuvens cinzas no lugar. Estava frio, frio e úmido, gostam de chuva? Então tomem um possível momento  de se agradarem e aos que não gostam de se molhar, peguem seus guarda chuvas e se escondam em suas casas. Atsumu acordou com zero vontade de enfrentar um dia cinza daqueles. 

— Vá sem mim, Osamu, diga que fiquei doente e não pude ir.

O loiro murmurou manhoso agarrando o travesseiro macio que lhe convidava para dormir mais. Um sono tão bom, tão cansado, dormir só mais umas horas não iria matar ninguém. Ou quem sabe mataria, Osamu jogou um copo de água fria na cabeça de seu irmão, o loiro deu um pulo da cama.

— Deixe de corpo mole e vamos. Estou sem paciência, quero ir antes que comece a chover de novo.

— VOCÊ É UM DESGRAÇADO!

Osamu saiu do quarto e um travesseiro atravessou Sakusa quando ele iria atravessar a porta, Atsumu tinha atirado tentando acertar o irmão antes dele sair. Que dia bom para os irmãos, que paz!

No final conseguiram sair antes da chuva começar, para sorte deles entraram na faculdade assim que as gotas começaram a cair e para o azar de outros,  entraram molhados. No primeiro intervalo os garotos combinaram que iriam fazer a refeição na sala de aula, o refeitório   tinha uma abertura onde podiam ver a chuva e isso tornava lá frio. Cada um levou sua comida.

— Eu não... acredito...—Oikawa dava pausas por uma vontade de espirrar que vinha e sumia, vinha de novo e nada de espirrar.— Que Tobio me fez vir hoje, uma chuva do caralh...caralho...

— Coloca pra fora, coloca.—Kageyama riu da forma que Oikawa parecia um gato tentando espirrar e não conseguindo.— Não pode ficar faltando por causa de chuva, se faltar sempre que chover, vai reprovar.

— Chovendo é uma coisa, caindo o céu lá fora é diferente! viu a previsão? vai piorar! eu não duvido que vamos ter que voltar para casa de barco!

 — Quanto drama, vai dar...—Oikawa diria ''tudo certo'' mas a mão de Tooru fez um sinal para ele parar de falar e o castanho com aquela mesma carinha de quem estava tentando espirrar, tentou duas vezes e a vontade passou.— Cara, você gripou só por levar uma chuvinha de nada? 

— Não culpe ele, Tobio! eu nem sei como não fiquei doente, Osamu me acordou num frio desses com um copo de água gelada! esse sem alma e coração, quer me matar! me odeia! 

— Você não é feito de açúcar.—Osamu deu de ombros. Ele era inclusive o único sem um agasalho. — Por sua culpa quase nos atrasamos e não tive tempo de pegar meu casaco.

Enquanto humanos reclamavam da chuva, os anjos olhavam as gotas caindo e se perguntavam como era a sensação de as sentir. Era como o soprar do vento? isso podiam sentir, mas o que era o molhado da chuva? O sabor quente de um achocolatado no frio?

— Oikawa vai acabar ficando doente, ele está tentando espirrar já faz uns doze minutos.—O ruivo murmurou quando entraram na sala e viram o grupo de garotos sentados juntos de costas para eles, só Atsumu e Tobio estavam direcionados na direção deles.

— Eu sei, aquele idiota não pode levar uma gota de água de chuva que fica doente, nunca entendi, deve ser psicológico. 

— Me surpreende Atsumu não ter ficado doente ainda, mas fico grato, ele doente é um inferno.—Sakusa resmungou a parte do final por apenas lembrar de como o loiro ficava molenga e reclamando de tudo como se estivesse na beira da morte.

My Guardian - Osasuna / SakuatsuOnde histórias criam vida. Descubra agora