O que foi que eu fiz?

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Acordo com a derrota pesando em minhas costas e um sonho rodea a minha cabeça como se fosse uma nuvem, mas quando tentei tocá-la, ela se desfez.

— Dá pra parar de babar, Alysson? Você vai lavar esse travesseiro, tá me ouvindo?— Lindsey dizia e eu fiz cara de choro, afundando o rosto no travesseiro. Uma pena que eu não consegui ficar tempo demais desse jeito, porque não estava conseguindo respirar. Rolei para o lado e caí do sofá, soltando um grito sem querer.

— Ai— resmungo, aceitando a perda e me esparramando no chão.

— Bom dia, flor do dia— Lindsey fez um carinho nos meus cabelos com o pé descalça e eu empurrei seu tornozelo, arrancando-lhe sua típica risadinha de porco. As cortinas da sala de estar foram escancaradas e eu quis morrer com todas as minhas forças.

Odeio que minha melhor amiga fique esbanjando sua incrível capacidade de não ficar de ressaca. A minha me derruba só com um copo, mas eu até perdi a conta de quantos tomei ontem à noite. Não faço ideia de como chegamos na casa dos West e é um alívio estar viva. Já atingi minha cota de acidentes de carro esse ano.

— Morra, sua sociopata, morra— resmunguei para a garota que adora acordar cedo. Não duvidava nada, que se fosse olhar no relógio nesse momento, seria umas nove horas da manhã. Pelo amor de Deus, é final de semana!

— Um dia todos iremos morrer para a sua felicidade, meu amorzinho, agora levanta daí e vai tomar um banho. Você está fedendo a álcool e é melhor ficar longe da cozinha, porque minha mãe está preparando o café da manhã e se você ficar a meio metro do fogão, vai entrar em chamas na hora, eu não vou conseguir te salvar.

Eu não movi um músculo, ainda debruçada sobre o carpete que atiçaria minha alergia em breve e incapaz de tirar forças de qualquer lugar para sair desse fundo de poço. Lindsey suspirou, agarrou meus pés e me arrastou pela sua casa enquanto eu esperneava e reclamava feito uma criança birrenta. Só não a xingava porque sua mãe poderia acabar me ouvindo e a senhora West é alguém que você faz questão de respeitar. Ela não é uma presença pesada e ameaçadora como a minha mãe, na verdade, é seu total oposto e eu a amo por isso. Ela é a mãe que eu queria ter, assim como qualquer outro adolescente que tem inclinações a ser inconsequente.

Lindsey me largou no azulejo frio do banheiro.

— Vai tomar banho sozinha ou precisa de ajuda com isso também?

— Eu vou matar você— ameacei, apoiando-me nos meus cotovelos.

— Pode crer, estou apavorada— ela disse e se afastou.

Sem muitas alternativas, levantei-me e me tranquei no banheiro de minha segunda casa.

[...]

Assim que me sento à mesa, a senhora West coloca um copo grande diante de mim, exibindo um líquido verde e viscoso que eu tenho certeza que é o que que eu mais odeio na minha vida: remédio caseiro contra ressaca.

COMO CONQUISTAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora