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EDWARD CULLEN

Sentei-me ao lado de Carlisle e nós assistimos ao entardecer de mais um dia, outro tão belo quanto os anteriores. O sol ia se pondo no horizonte e nós tínhamos a vista privilegiada do nosso telhado. Foram longos minutos de silêncio e contemplação e estava tudo bem por mim. Gostaria que o silêncio tivesse durado mais.

Foi uma experiência interessante ver o sol em Forks, ainda que sua presença significasse quarentena para mim e minha família. Carlisle respirou fundo e cruzou os braços sobre os joelhos, tomando aquele ar preliminar e discreto de quem quer ter uma conversa séria. Acho engraçado quando ele toma essa postura de pai, sempre com sermões que eu devo estar precisando ouvir e frases de impacto que podem acabar me atingindo. Ele tem um talento em me pegar desprevenido e eu já não tenho tanta certeza se amo quando isso acontece.

Eu sei qual será o assunto da vez. O assunto é ela.

Balanço a cabeça.

— Não precisamos ter essa conversa, eu sei me proteger— digo em um tom sarcástico, concentrado nos tons rosados do céu, tentando ignorar o cintilar da minha própria pele e a de Carlisle ao meu lado.

Eu adoraria ter essa conversa, ele responde em pensamentos, sem se deixar abalar. Como você está?

— Brilhante— ergo a mão para destacar o quão literal estou sendo. Carlisle solta um risada fraca e abaixa meu braço. Falando sério, ele censura.

— Fiquei sabendo dos seus avanços com aquela humana que trouxe para nossa casa há algumas semanas. Alysson, não é?

— Não precisamos fingir que não é a Alice que te informa tudo, o tempo todo.

Carlisle assentiu.

— Não só ela. Sabe como Rosalie anda irritada com a detenção que você pegou de propósito para ficar perto de Alysson. E tem o Emmett, que se diverte em te chamar de... "gatinho" o tempo todo— ele ri e eu reviro os olhos, sacudindo a cabeça— Jasper também não anda muito satisfeito, preocupado com a segurança do nosso segredo, destacando que Alysson é uma garota popular... Sabe que não podemos mais pedir para que ele os disfarce com o seu dom, isso o esgotou demais da última vez.

Houve um tempo em que não precisávamos ser tão discretos e cuidadosos com o que fazíamos porque Jasper pode nos envolver com um casulo de desinteresse tão intenso que literalmente ninguém percebia ou se importava com a nossa presença. O problema é que ele fazia isso todos os dias úteis que íamos para a escola fingindo ser adolescentes comuns e seu esgotamento mental pelo esforço contínuo o fez brigar conosco e ele e Alice ficaram longe por dois anos inteiros. Ele tinha toda a razão em se rebelar, Emmett, Rosalie e eu estávamos sendo muito irresponsáveis e egoístas com ele e o resto da nossa família. Era bom agir naturalmente perto dos humanos, mas nós abusamos da sorte mais de uma vez. Jasper tem um talento e tanto, mas ainda não é capaz de produzir milagres a ponto de apagar a mente daqueles que viram o que não deviam.

COMO CONQUISTAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora