Por mais dias de sol

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Eu corri o mais rápido que era capaz. Estava escuro e a floresta se curvava ao meu redor de forma opressora. Eu não sabia para onde ir, só queria sumir dali, encontrar um buraco no qual pudesse me meter e ficar até tudo passar. Não olhei para trás, tinha medo de fazê-lo e acabar tropeçando.

Minha respiração e batimentos cardíacos estavam acelerados, meu raciocínio, mais ainda. Tenho que continuar, tenho que continuar.

Galhos e arbustos entravam no meu caminho sem mais nem menos, arranhando minhas roupas e minha pele, no entanto, eu estava tão cheia de energia, tão pilhada de adrenalina, que nem me importei com a ardência dos novos cortes, nem com os espinhos que me furavam.

— Socorro!— eu gritei, mesmo sabendo que ninguém iria me ouvir. Eu estava sozinha. Sentia isso como sentia que estava viva. Por ora.

A exaustão estava quase tomando conta do meu corpo e do meu espírito, mas me recusei me deixar abater. Não podia.

— Alysson!— alguém gritou, de repente. Eu reconheceria o grito de meu irmão em qualquer lugar. Quando pensei que minha perdição era o pior!

Não sabia de onde o grito tinha vindo. Parei de correr e meus pés descalços cambalearam no chão úmido e coberto por plantas mortas. Rodei entre os pinheiros feito uma bêbada, completamente desgovernada e tonta.

— Aaron!— gritei, agonizando. Meu irmão não! Eu nem sei onde estou, como poderia encontrá-lo?— Aaron!— chamei com a voz ficando rouca. Sei que já gritei demais por essa noite. Lágrimas molhavam minhas bochechas e eu tentei me manter firme.

— Alysson!— ele gritou de novo e, aturdida, percebi que vinha das minhas costas, exatamente do lugar que eu estava fugindo.

Não pensei a respeito, o medo não me abateu. Eu voltei correndo.

— Aaron!

— ALY!— ele gritava com dor, chorando.

— AARON!— agora não era por mim que eu corria, mas pelo meu irmão. Minha família. Senti como se corresse na direção contraria de uma esteira, tamanha era a demora para chegar ao meu destino ou ponto de partida. Voltei à clareira, sangrando e tropeçando, e os encontrei.

Parei novamente, ofegando e transpirando como se tivesse dado a volta ao mundo a pé. A lua cheia saiu de trás das nuvens escuras e densas e iluminou os dois, a vários metros de mim. Caí de joelhos, minhas pernas não aguentavam fazer mais nenhum esforço. Os cortes em meu rosto, braços e pernas estavam pinicando.

COMO CONQUISTAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora