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— O que você está fazendo?— minha mãe me pergunta, entrando no meu quarto sem bater na porta. Acabei de sair de um longo banho quente e é óbvio que estou prestes a pentear os cabelos, sentada à penteadeira.
— Nada demais, mamãe— sorrio. A mais velha pega a escova de minha mão e se coloca atrás de mim, encarando-me através do espelho. O semblante distante, um pouco indiferente— Precisa de ajuda? Aconteceu alguma coisa?— levanto as sobrancelhas. Ouvi o carro de papai saindo e pensei que ela tinha ido com ele.... o que é estranho de qualquer forma, já que eu não fui avisada de nada.
— Sim... Seu pai saiu com seu irmão— ela diz, passando a escova cuidadosamente nos meus cabelos, puxando minha franja para trás. Respiro fundo e aproveito o momento de carinho. Estes são raros, mas é quando eu sei que minha mãe me ama. Apesar dos pesares.
— O que eles foram fazer?— volto a abrir os olhos.
— Não tive tempo para perguntar... saíram às pressas, parecia até uma emergência— seu tom era amargurado, mas não mais do que sua face. Tomei o cuidado de não ficar a encarando, ela detesta quando faço isso. Ajeito meus estojos de maquiagem e alinho os perfumes perto do espelho, me afastando de suas mãos, no entanto, a mais velha segura meu ombro e me obriga a me encostar na cadeira. Depois de apertar meu nervo, ela volta a passar a escova nos meus cabelos molhados— Sunwoo continua implicando comigo por pura teimosia, percebeu?
As brigas entre os meus pais não pararam. É difícil fazê-los parar uma vez que começam. Quando papai não fica distante, fica tentando me colocar contra a sua mulher e se frustra ao ver que eu não vou me intrometer entre eles. Não aguento mais ouvir suas vozes alteradas sempre antes de ir dormir nem ver a cara que Aaron faz quando acordamos e papai está dobrando os cobertores no sofá, deixando claro que havia passado a noite ali.
— Não deve ser nada demais— dou de ombros e tento amenizar— talvez eles tenham saído para comprar algumas porcarias, a senhora sabe que Aaron queria comer alguma coisa diferente tem um tempo...— me interrompo, porque ela puxa meu cabelo com firmeza e minha cabeça se inclina para trás. Meu pescoço dói enquanto sou obrigada a encarar o teto. Me seguro na penteadeira, com medo de cair da cadeira. Mamãe enrola meus cabelos em sua mão e aproxima os lábios do meu ouvido.
— Sei é, menina? O que foi que você fez?
Eu encolho os ombros, a respiração acelerada.
— E-eu não... eu não fiz nada...
— Não minta para mim!— ela apertou mais meus cabelos e meu couro cabeludo reclamou. Apertei a borda da penteadeira com mais força para não empurrar minha mãe, já que eu sei que vai ser pior se eu o fizer— Que coisas venenosas tem colocado na cabeça de seu pai?— seu tom era frio, perigoso e ríspido. Ela está furiosa, não tinha demonstrado para que eu não conseguisse escapar— Você por acaso acha que eu não cuido direito de você? Hein?!— esse com certeza era um dos tópicos mais abordados durante suas discussões, eu ouvia meu nome quase o tempo todo através das paredes— Eu dei minha vida à você. Acha que tem o direito de reclamar? Tudo o que faço é pelo seu bem!
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COMO CONQUISTAR UM VAMPIRO, Edward Cullen
Fanfic|| PARTE UM || Eu não queria me abrir, me sentir vulnerável era o fim do mundo e só piorava quando tinha alguém olhando. Eu gostava de ser a garota superficial e popular que não teme nada e não preza por nada além da própria aparência, gostava que o...