|| PARTE UM ||
Eu não queria me abrir, me sentir vulnerável era o fim do mundo e só piorava quando tinha alguém olhando. Eu gostava de ser a garota superficial e popular que não teme nada e não preza por nada além da própria aparência, gostava que o...
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Era diferente estar na frente da mansão quando ela está acesa e pronta para me receber. Era mais diferente ainda poder entrar pela glamurosa porta da frente e ver todos os vampiros Cullen esperando por mim como se só faltasse eu naquele cenário absurdamente tenso e quase intragável.
Carlisle estava sentado ao lado de uma mulher com o rosto em formato de coração que só podia ser a sua esposa, Esme. Os seus filhos adotivos estavam todos de pé atrás dele como se eu fosse pintar um retrato ou tirar uma foto de família. Seria uma foto magnífica, caso não tenha ficado claro.
Engoli em seco e Edward tocou a base de minhas costas obrigando-me a dar mais uns passos para frente para que ele pudesse fechar a porta larga e cara atrás de nós. Só saí do hall de entrada com o Masen do meu lado.
Quando estava perto, seus pais se levantaram e nós trocamos apertos de mão. Forma nova de ser apresentada para os pais, mas tudo bem. Como Carlisle e eu já nos conhecíamos, restou-me me concentrar em Esme.
— É um prazer conhecê-la, senhora Cullen— digo-lhe com sinceridade. A mulher meiga e rechonchuda me esboça um sorriso afetado.
— Eu que o diga, querida. Apenas lamento as circunstâncias.
— Eu... não sei quais são as circunstâncias, perdão— eu olho no rosto de cada Cullen atrás de respostas. Edward puxa uma poltrona pesada para mim e faz com que eu me sente sem dificuldade alguma. Ele vem e fica de pé ao meu lado. Os seus pais voltam a se sentar na minha frente e seus irmãos continuam sem se mexer, feito estátuas contemplativas.
— Vai precisar ficar sentada pra isso.
Ajeitei a minha blusa de frio e me enchi de receio.
— Muito bem...— quase perguntei "quem começa" quando percebi o braço enfaixado de Emmett Cullen. Como assim? Ele se machucou? Mas vampiros não se machucam— O que aconteceu?— quis saber com os olhos fixos no grandalhão de regata.
— É menos pior do que parece— ele sorriu, inabalado. Meu coração começa a se acelerar e eu olho para Edward séria.
Me responda antes que eu tenha um surto, eu exijo em pensamentos mais rápido do que poderia falar.
— Fomos atacados na quinta feira— ele diz— Dexter voltou e não está mais sozinho.
Minha visão perde o foco e minha boca fica seca. Não, não, não. Ele não ia voltar tão cedo. Não, ele não.
— Quantos estão com ele?— perguntei com a voz falhando.
