𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓓𝓸𝓲𝓼✍︎

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𝙷𝚢𝚍𝚛𝚘 - 𝔓𝔞𝔩𝔞́𝔠𝔦𝔬 𝔡𝔢 ℭ𝔯𝔦𝔰𝔱𝔞𝔩 *

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No jardim do belo palácio de Cristal, a princesa Soomin repousava abaixo de uma árvore. A mesma lia seu romance favorito, escrito por Shakespeare, nomeado de "Romeu e Julieta''.

Livro este que a princesa já havia lido tantas vezes e nunca fatigava-se dele. Hamlet ¹, O Mercador de Veneza ², Sonho de Uma Noite de Verão ³, nenhum destes cativava tanto a princesa quanto o clássico romance trágico do dramaturgo inglês.

Seus finos e delicados dedos viravam suavemente a página do livro, seguindo para a posterior. Sorria lendo cada linha do romance tão interessante para si.

Um pouco mais distante, o rei observava sua filha. Suspirou apenas de pensar em dar-lhe a notícia que tanto lhe aborrecia. Soomin não suportava os bailes que eram preparados com o objetivo de arranjar-lhe um pretendente. Eles não a agradavam em absolutamente nada.

A princesa não sentia-se contente fora de sua zona de conforto. Sua paixão estava nos livros, nos romances e poesias. Seu amor era pelas linhas compostas de drama e paixão, e não nobres esbanjando riquezas e exércitos para coagi-la ao matrimônio.

Mas para a infelicidade da mesma, seu pai não possuía escolhas. Mesmo que a amasse e não suportasse chateá-la, ele tinha um dever a cumprir como monarca. O rei de Cristal precisaria casar sua filha esta noite, ou a mesma seria mais uma vez alvo das más línguas.

Com passos graciosos e firmes, o rei caminhou pelo gramado verde e vivo do jardim. Ao notar a aproximação do pai, Soomin levantou-se e curvou-se reverenciando o patriarca.

— Papai… - Ela ajeitou novamente a postura. - Que bom que voltastes, como foste vossa viagem?

— Exaustiva, o melhor é que teve seu fim. - O rei confessou, suspirando.

— Algo o aborrece, papai? - Soomin questionou inocentemente, fitando a expressão insatisfeita de seu pai.

— Temo que sim, minha filha. - Namjoon respondeu com cautela. - Peço perdão por aborrecê-la, atrapalhando sua leitura. Porém, possuo uma notícia que não lhe agradará muito.

— Não te preocupes, papai. - Soomin sorriu de forma meiga e doce. - Já li este livro, então tenho conhecimento do que acontece nele.

— Ah, entendo. - O rei riu baixo. - Estás lendo Romeu e Julieta novamente, não estás? - A princesa assentiu.

— Me agrada muito esta história. - Sorriu. - Achas que alguém pode me amar como Romeu amou Julieta, papai?

Por breves minutos, o rei viu-se incapaz de responder aquela pergunta. Não por não crer que alguém não seria capaz de amar sua filha, afinal, o amor é um sentimento indefinido e completamente inesperado.

Porém, não tinha certeza se existia em seu reino, ou em qualquer outro, um rapaz nobre que fosse capaz de ser tão generoso para oferecer a sua filha apenas o amor genuíno.

— Tudo bem, papai. - A princesa riu, compreensiva. - Creio que lhe fiz uma pergunta incerta e complexa demais.

— De fato. - Namjoon riu da mesma forma doce. - Mas sabes que acho isto possível? Do mesmo modo que conheci e fui capaz de amar sua mãe e entregar tudo o que possuo pela felicidade dela, tenho esperanças de que um homem assim apareça para você.

A princesa apresentou um sorriso doce, os olhos brilhantes denunciavam a admiração que sentia pelas palavras do patriarca. Namjoon sentiu seu coração rachar, ele sabia que poderia partir o coraçãozinho frágil da filha assim que lhe contasse sobre a aprovação da proposta de Seokjin.

PRINCE KIM 🖋Onde histórias criam vida. Descubra agora