Livro 2 - Duologia "Caminho"
5 Anos...de um caminho incerto.
Um tempo de alegrias e tristezas. fugi com uma única certeza: fazer de ti a menina mais feliz que eu pudesse.
Mesmo não te podendo falar sobre o teu pai, ou da nossa família que ficou par...
— Por favor, não me faças isto de novo não...por favor...— e depois de dizer isto, não consigo ouvir mais nada. Não sei se ele me apagou, ou se fui apenas eu que desmaiei.
Naquele momento não mais me importava. Pensei no Diogo, na Luz e no Lucas. Se eu partisse agora, pelo menos a Luz teria o pai e o irmão. Teria avós, tios e tias. Sei que ela ficaria bem, que ficaria segura. Então se fosse para partir, eu partiria com a certeza que a minha filha ficaria segura nas mãos do pai.
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Pov Pai Diogo
A Madalena.
Então foi para aqui que ela fugiu. Naquele dia em que o pai dela nos bateu á porta e acusou o Diogo de ter alguma coisa a ver com o seu desaparecimento, decidi procurá-la. O Diogo, mesmo eu sendo contra quis envolver-se nessa busca.
Fomos a todos os lados possíveis e imaginários, mas nunca colocámos a hipótese dela ter saído do país. Na altura a única pista que tínhamos era a certeza de que ela tinha apanhado um comboio na estação do oriente. Com algum esforço, conseguimos saber que este tinha o destino para o Porto.
Fomos até ao Porto, decididos a encontrá-la. Andamos por todas as ruas, perguntamos em todos os hotéis, pensões, residenciais. Não deixamos pedra sobre pedra, procuramos em cada grão de areia. Mas não havia sinal dela.
Como no Porto não conseguimos encontrar nada, nem uma pista, decidimos focar as nossas buscas nos arredores, alargámos o procura por Braga, Bragança, Chaves e nada de a encontrar.
— Como!? Mara, quando é que a encontraste? Foi por isso que pediste ao teu irmão para vir, não foi?
— Nós encontrámo-la por acaso, num supermercado. Ela ia a sair e nós a entrar, ela tentou disfarçar, tentou enganar-me. Mas eu insisti, depois de a ver aqui no hospital.
— O mundo é bem pequeno, não é? Quais eram as chances de a encontrarmos logo aqui?— Pergunta o Martim.
— Uns dias depois coloquei-a meio que entre a espada e a parede. Consegui convencê-lo a conversar. Ela contou-me sobre a razão de se ter ido embora, que ficou magoada com o Diogo, perante o que viu e que na altura não conseguiu perdoar.
— Mas foi a Filipa que o enganou. O teu irmão tentou falar com a Madalena milhares de vezes, até a Rute tentou.— digo furioso.
— Pai. A Madalena tinha 19 para 20 anos, ela era nova. Até eu se visse o que ela viu...
— O teu irmão, ele já a viu? Já esteve com ela? — Pergunta a minha esposa.
— O Diogo já esteve com ela, já se acertaram e tudo. E mais, o Lucas amou a Madalena, ele chama-a de "mamã". Eles amam-se como se fossem mãe e filho.
— Ele...ele encontrou o que mais queria...uma Mãe.— disse a minha esposa. Uma "Mãe", o que o meu neto sempre quis e nunca teve.
Levanto-me do sofá onde me tinha sentado, após a minha pequena explosão, e caminho para a porta.