Livro 2 - Duologia "Caminho"
5 Anos...de um caminho incerto.
Um tempo de alegrias e tristezas. fugi com uma única certeza: fazer de ti a menina mais feliz que eu pudesse.
Mesmo não te podendo falar sobre o teu pai, ou da nossa família que ficou par...
Aos poucos Luz começa a interagir com os primos, sendo que Matias está sendo o grande responsável por isso. O Manuel apesar do convite, depressa começa a ficar com ataques de ciúmes e de posse. O que é até normal na idade dele. Com alguma diplomacia o Martim consegue fazer o pequeno a ser mais "gentil" com a prima.
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Pov Madalena
Aproveitámos que eles estavam entretidos e fui com a Mara para a cozinha, ajudar no que pudesse para acabar o jantar. Pelo que percebi não faltava muito, apenas colocar a lasanha no lume e fazer a salada.
— Liguei ao Diogo ontem.— Diz-me olhando para mim...— Pedi que ele viesse passar uma semana de férias connosco.
— Eu...eu não sei se estou preparada para esse encontro. E a Luz...
— Dei-lhe uma semana para resolver tudo lá em Coimbra e vir.— vendo o meu olhar de pânico, Mara sorri...— O Diogo desde que o Lucas nasceu não faz mais nada senão trabalhar. Para além do hospital, começou a trabalhar numa clínica que abriu lá em Coimbra.
— Dois trabalhos!? Mas, vocês...quer dizer os teus pais estão...
— Os meus pais sempre disseram que o ajudavam, mas o Diogo é teimoso quando quer. Para além disso era uma forma de saber se tu tinhas voltado para casa.
— Como assim? O que é que a nova clínica tem a ver comigo?— Não consigo perceber o que é que o facto do Diogo estar a trabalhar numa nova clínica tem a ver com o meu regresso a casa.
— É uma filial de uma clinica bem conhecida, com sede em Lisboa.— continuo a olhar para a Mara sem perceber...— Um filial da clínica da tua mãe.— sinto-me a ficar sem cor e sem forças...— Ei! Estás bem?
— Sim. Mas porquê?
— A tua "tia" decidiu abrir uma em Coimbra, ela tinha a esperança que tu voltasses.
— Lembro-me do meu pai e do meu tio Vasco dizerem que era um bom negócio abrirem uma filial em Coimbra, diziam que tinhamos lá família e fazia sentido. Mas a minha mãe nunca quis, e a Tia Luísa nunca se opôs.
— Pelos vistos ela mudou de opinião?
— Mas porquê? Não faz sentido. A minha mãe morreu, eu...fugi...
— Talvez porque ela esperasse que tu voltasses. Muita gente esperava que tu voltasses...
— Eu não podia. Eu...a Luz...o meu pai e o meu avô eles não iriam aceitar nunca...
— Eu percebo. Sabes quem está à frente da clínica?— nego...— A tua prima Leonor.— ela pousa a faca com que estava a cortar o tomate para a salada e olha para mim...— O Diogo tinha alguma esperança que tu voltasses, então decidiu trabalhar lá também.
— Eu não queria fazê-lo sofrer, ou...
— A culpa dele ser casmurro não é tua. Ele colocou na cabeça que a responsabilidade de cuidar do Lucas era dele e apenas dele. Mesmo os meus pais querem do ajudar, e nunca aceitou.